21 de dez. de 2016

Os melhores albuns de rock/metal de 2016



Mais um ano se passou na velocidade do som, talvez um dos anos mais longos da história recente da humanidade, 2016 foi cheio de reviravoltas, surpresas, reafirmação de valores que andavam meio esquecidos na já caquética ditadura do politicamente correto, enfim um ano difícil, desgastante mas  memorável.

Confesso, não tão memorável para esse humilde blog, tivemos pouco tempo para atualiza-lo como merece, sabe como é a vida adulta cobra dedicação e tempo, mas ao menos mantivemos a chama viva, e ainda neste mês de Dezembro vislumbramos mais atualizações, prometo um 2017 melhor!

No campo musical não posso reclamar de 2016, acredito que o Andreh também não, diversos lançamentos, muitos discos interessantes, das mais diversas gerações e nacionalidades, um dos gigantes que andou meio dorminhoco, me refiro ao Metallica, deu as caras e uma bela sacudida no cenário, a boa fase do rock e metal progressivo se fez presente com os ingleses do Hakken e por ai vai, além de algumas doloridas decepções, faz parte. 

O bom disso tudo é que escolher dez discos e alguns outros destaques foi uma árdua missão, bom  sinal que se produziu música de qualidade!



O Alter Bridge é um grande nome, em seus cinco discos demonstram uma determinação invejável, proposta sonora interessante e uma boa dose de livre arbítrio para transitar entre várias vertentes. The Last Hero é cativante, cheio de boas idéias e uma perfomance irretocável, poderia ser mais curto? Sim, mas isso não tira o poder do disco. Destaques: Show Me A Leader, My Champion, The Last Hero


O bluesman Joe Bonamassa é o maior nome de uma nova geração de guitarristas, um vocalista habilidoso e um instrumentista espetacular, o novo disco de Joe é certeiro, um trabalho autoral que reforça sua veia de compositor completo. Obrigatório! Destaques: Drive, No Good Place For The Lonely, How Deep Thsi River Run





Mais uma vez o Brasil veio bem representado, A Near Life Experience é o terceiro e melhor disco do Woslom, canções fortes, arranjos bem elaborados, maturidade e bastante potência, os caras podem se tornar expoentes mundiais do gênero. Destaques: Underworld Of Agression, A Near Life Experience e Brokenbones

07-  Hangar - Stronger Than Never



Uma das surpresas do ano, o Hangar retornou com material após um breve hiato devido a agenda movimentada de Aquiles Priester, e a espera valeu a pena, praticando um misto entre Power Metal, Progressivo e toques bem pesados de groove, vale conferir a abordagem moderna a uma formula que dá sinais claros de desgaste. Destaques: Reality is a Prision, The Silence Of Inocente e Hangar Of Hannibal

06-  Scorpion Child - Acid Roulette




Vindo de Austin no Texas o Scorpion Child lançou seu segundo disco recheado de boas músicas, o estilo setentista se mescla a toques de NWOBHM gerando uma combinação agradável, ótimas músicas, muito bem executadas, bom gosto a toda prova. Destaques: My Woman In Black, Twilight Coven e Moon Tension


05 -  Megadeth - Dystopia



Dave Mustaine, David Ellefson, Kiko Loureiro e Chris Adler, precisa dizer mais? Dystopia é um disco colossal do Megadeth! Destaques: The Treat Is Real, Dystopia e Call To Arms



Magma é um disco poderoso, Heavy Metal de vanguarda praticado pelos franceses, um encontro de influências fantástico, groove, peso, passagens progressivas envoltos de uma densidade sonora abissal, quem disse que a música pesada não produz mais grandes bandas? Destaques: Silvera, Magma e Pray

03- Haken - Affinity




Formado da Inglaterra, berço do Rock Progressivo o Haken é uma das maiores revelações da cena progressiva, constroem harmonias complexas, alternado leveza e acordes refinados com passagens mais pesadas e distorcidas. Um dos melhores discos do gênero dos últimos anos. Destaques: Initiate, The Architet e The Endless Knot

02 - Testament - The Brotherhood Of The Snake




Alguém ainda dúvida da capacidade do Testament em produzir grandes discos? Os quatro anos de espera valeram a pena, e mostrou quão forte é o som do quinteto, técnica, peso, velocidade em prol da música. Mais um clássico! Destaques: The Brotherhood Of The Snake, Centuries Of Suffering e Neptune's Spear 





Sem maiores delongas, o Metallica é a maior (vejam bem MAIOR não MELHOR) banda de Heavy Metal do planeta, demorou oito anos para o sucessor do ótimo Death Magnetic, e quando o fez, bem, simplesmente não deixou pedra sobre pedra! Destaques: Hardwired, Now That You 're Dead e Spit Out The Bone

Quase Entraram 

Last In Line - Heavy Crown 

A Homenagem ao saudoso Ronnie James Dio é digna de aplausos, foi o disco que quase entrou no top 10, Heavy Crown é espetacular grandes músicos fazendo música de primeria com um tom saudosita bom de ouvir, que venha o segundo trabalho.

Metal Church - IX

O retorno de Mike Howe fez bem aos veteranos de Seattle, um grande disco de uma banda cult do gênero.


Rival Sons - Hollow Bones

Rival Sons  é o grande nome do Rock da nova geração, sempre com grandes lançamentos dentro de uma proposta interessante, Rock esperto com um ar setentista indefectível.


Decepções 

Dream Theater -  Astoshining

Sou um grande fã do Dream Theather, a banda que já produziiu trabalhos espetaculares em sua longa carreira e vem conseguindo se manter relevante após tantos anos, pois bem a nova empreitada não me cativou, a história é fraca, e falta grandes músicas, valeu a ousadia, apenas isso...

Volbeat - Seal The Deal & Let's Boogie

O Volbeat é uma das melhores bandas da nova safra, som arrojado, melodias cativantes e muita criatividade, entretanto o último disco dos caras é bem aquém das expectativas, mal acabado sem pegada, fica para a próxima.

Que venha 2017!

19 de dez. de 2016

Black Sabbath, do pior ao melhor




Em 2016 se encerrou o ciclo da banda que em linhas gerais definiu o Heavy Metal, quando Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward estrearam em 1970 mudaram de uma vez por todas a história da música. 

Para celebrar o fim dessa gloriosa e polêmica carreira, decidi por um post mais polêmico, ordenar os discos da banda, do pior ao melhor na opinião desse que vos fala, sim caro leitor, uma pequena jornada pela historia da banda vai começar.


#20 - Forbidden (1996)




Um exemplo de uma boa idéia, mas mal executada, Forbidden dá continuidade a fase Tony Martin, com Cozzy Powell na bateria e Neil Murray no baixo, formação base de Headless Cross e TYR. A proposta é interessante, o disco é soturno e tem seus momentos, mas no geral escorregou em composições pouco inspiradas e produção meia boca, não é tão ruim quanto dizem, mas é de fato o mais fraco do Sabbath.

#19-  Seventh Star (1986)




Seventh Star é um grande disco, mas não para o Sabbath, originalmente era um projeto solo de Iommi que por pressões contratuais foi lançado como a lendária banda, Glenn Hughes faz um excelente trabalho vocal, e Eric Singer comanda muito bem as baquetas, uma pena que não saiu como projeto solo, prejudicando o desempenho comercial.

#18-  Technical Ecstasy (1976)



O declínio da formação clássica se inicia, todo o poder inventivo de Sabbath Bloody Sabbath ou o retorno as origens de Sabotage se foi, temos uma banda perdida tentando se adequar a uma cena musical estranha à suas origens.

#17- Never Say Die! (1978)




A tentativa de reagrupar e se entender com Ozzy surtiu algum efeito, como na ótima Junior's Eye (música que já estava escrita antes do disco) mas longe de mostrar o melhor dos caras. O resultado foi mediano, aqui termina a primeira fase do grupo

# 16 - TYR (1990)




TYR é um pouco deslocado da essência do Black Sabbath, desde algumas letras com mitologia nórdica/pagã arranjos grandiosos de teclados e um clima levemente voltado a AOR, mas quando Anna Mundi toca, sentimos a aura de Iommi. Um ótimo disco para qualquer banda, um disco mediano do Sabbath.

#15 - Born Again (1983)




O disco que conta com Ian Gillan nos vocais é macabro, sombrio e recheado de peso, mas a produção conseguiu atrapalhar bastante, mesmo sendo puramente Black Sabbath faltou qualidade, tem horas que a guitarra some em meio a ruídos da caixa de bateria... uma pena, poderia ser bem melhor.

#14- The Eternal Idol (1987)




Aqui tratamos de fato de um trabalho subestimado, The Eternal Idol foi concebido também como um disco solo de Iommi, mas no meio do projeto teve o status alterado, Ray Gillen assumiu as vozes ainda em 1986, gravou as demos, e saiu por pressões do manager, então Tony Martin terminou o trabalho. Um bom disco com grandes canções.

#13 - Cross Porpouses (1994)




Podemos dizer que o Sabbath estava soando realmente como Sabbath por aqui, arranjos soturnos, Geezer e Iommi reataram a parceria dois anos antes e era para sair sob o nome de Iommi/Bulter, entretanto os planos mudaram, e a sonoridade casa perfeitamente com o nome. Registro sólido, digno do nome.

#12 -  The Devil You Know (2009)




E daí que o disco saiu como Heaven And Hell? É Black Sabbath, e com todas as letras, Dio retorna para seu último registro, Vinnie Appice assume as baquetas, Iommi e Geezer continuam em suas posições. Trata-se de um conjunto alinhado, macabro como de costume, mostrou ao mundo que Dio sempre foi o cara certo para o posto quando Ozzy saiu. 

#11 - 13 (2013)




O último full leght dos caras foi digno de sua carreira, com Ozzy, Iommi e Bulter (Ward ficou fora, infelizmente) o quarteto Inglês retornou as raízes com a orientação de Rick Rubin, 13 é forte, inspirado em seus quatro primeiros discos, tem seus grandes momentos e soa forte e vigoroso

#10 - Headless Cross (1989)




Tony Martin tem seu clássico absoluto dentro da carreira do Sabbath, e ele se chama Headless Cross, o disco foi um sucesso na Europa, e o trio Martin/Iommi/Powell mostravam que poderiam entregar bons resultados, o vocalista teve uma grande perfomance. Top 10 com louvor.


#09- Vol 4 (1972)





Os três primeiros discos da formação original são clássicos absolutos, Vol4 é um grande registro mas os efeitos da cocaína consumidas a doses sobre-humanas influenciou demais, Snowblind é a prova disso, com as viagens em drogas o Sabbath manteve sua qualidade alta e inventividade, mas desenhou o futuro que selaria a primeira encarnação do grupo.


#08 - Dehumanizer (1992)




Ronnie James Dio retorna ao Sabbath dez anos depois, em uma troca mútua, o bom momento de sua carreira solo passaria após Dream Evil de 87, e a formação que entregou Headless Cross não conseguiu o mesmo resultado em TYR, Iommi, recruta Geezer, e Appice. Dehumanizer é o disco mais sombrio da carreira, um grande sucesso aclamado mundialmente.

#07 - The Mob Rules (1981)




O sucesso de Dio a frente do Black Sabbath impulsionou as vendas e a repercussão em cima do nome da banda, soando revigorado e forte deu margem para a continuidade de Heaven And Hell, mesmo não tendo o mesmo impacto do predecessor, The Mob Rules tem um caminhão de clássicos definitivos.

#06 - Sabbath Bloody Sabbath (1973)




A magia da formação original continuava forte, os experimentos com teclados e arranjos mais elaborados deram origem a um dos mais ousados discos da música pesada, Sabbath Bloody Sabbath é a prova cabal da química de quatro grades personalidades, arrojo, criatividade e talento em prol da música.

#05 - Sabotage (1975)




Mergulhados em polêmicas em meio ao caos administrativo, o Black Sabbath vivia "falido" apesar do alto faturamento, e Sabotage faz alusão à péssima gestão em seu título, musicalmente Sabotage remonta a sonoridade do começo de carreira, mas com uma dose extra de peso e grandiosidade, dizer o que de Symphony Of The Universe e Megalomania?

#4 - Master Of Reality (1971)




Mais um clássico em sequencia, a melhor fase do Sabbath é concretizada nesse grande momento, definiram um estilo, e mostraram para o mundo que o Rock tinha muito a dizer, a sonoridade Sabbath ganhou corpo e sua identidade foi imortalizada.


#3 - Heaven And Hell (1980)




No fim dos anos 1970 o Black Sabbath estava sendo atropelado pelas novas bandas, Ozzy estava fora e compondo novo material com um jovem brilhante guitarrista, Iommi e Butler recrutram Dio que havia saído do Rainbow, assim ganharam o mundo. Escreveram um clássico abaoluto, Ronnie James Dio era tudo que a banda precisava.

#2 - Black Sabbath (1970)




O Debut mudou a história do Rock. Dizer mais o que de um disco gravado com alguns trocados por quatro ingleses malucos? Os perfeitos anti-heróis de várias gerações.

#1- Paranoid (1970)




O segundo disco da carreira é uma das obras definitvas da música, mandando a mensagem de paz e amor as favas, Ozzy, Iommi, Bulter e Ward sintetizaram tudo o que ocorria no mundo  cantando sobre ameaças nucleares, guerras e destruição. Eram os caras estranhos fazendo sucesso mundial.

Concordam? Discordam? Opinem a vontade!

9 de dez. de 2016

Palpites UFC 206 - Holloway x Pettis





O Canadá recebe mais uma edição do UFC e coloca frente a frente dois nomes em situações distintas, Max Holloway é um nome ascendente que quer disputar o cinturão dos penas, enquanto Anthony Pettis vem de resultados ruins, vencendo sua estréia nos penas, mas ainda despertando desconfiança.

O combate promete ser movimentado, e foi promovido a luta principal depois da lesão do campeão Daniel Cormier, que enfrentaria Anthony Johnson pelo titulo dos meio pesados, mesmo com essa baixa no card, o evento é recheado de boas lutas e promete esquentar a fria noite Canadense.

Vamos aos palpites do card principal

Jordan Mein (26-10) vs. Emil Meek (8-2-1) => Palpite: Mein vence.

Tim Kennedy (18-5) vs. Kelvin Gastelum (12-2) => Palpite: Gastelum vence.

Cub Swanson (23-7) vs. Doo Ho Choi (15-1) => Palpite: Swanson vence.

Donald Cerrone (31-7, 1 NC) vs. Matt Brown (20-15) => Palpite: Cerrone vence.
Max Holloway (16-3) vs. Anthony Pettis (19-5)** => Palpite: Holloway vence.



7 de dez. de 2016

In Flames - Battles




Nota; 7,5

Os suecos do In Flames possuem uma carreira vitoriosa em meio a diversas mudanças ao longo de mais duas décadas de serviços prestados a música pesada, muita coisa mudou desde sua estréia, tendo em Reroute To Remain sua maior mudança de paradigma, o qual  perdura até hoje, sai de cena o Death Metal com toques melódicos das bandas de Gotemburgo, para embarcar numa jornada nos mais diversos estilos dentro do rock.

Batltles é a continuação do que eles vem fazendo nessa década, misturando Industrial, Alternativo, Heavy Metal clássico e umas pitadas mais extremas, sem ser brilhante, porém cativante e competente, o vocalista  Andres Fridén e o baterista Bjorn Gellote juntamente com o baixista Peter Iwers (que gravou o disco mas saiu da banda mês passado) são os membros mais antigos que participaram de quase  todas as fases mais conhecidas do conjunto, ou seja, as mudanças fazem parte do histórico dos caras.

Em termos musicais o In Flames continua afiado, mesmo sem grandes surpresas, faixas como The End e In My Room são retratos fiéis do In Flames, que investe pesado em grooves, e boas melodias nas guitarras, e tem em Fridén um ponto de apoio forte, seus vocais casam perfeitamente com o estilo praticado.

O equilibrio de momentos melodiosos e progressivos com toques mais pesados e recheados de grooves ditam o ritmo do disco, como em Before I Fall imersa em grandes melodias das guitarras, enquanto Through My Eyes reativa o antigo In Flames com um pé no acelerador, frisando o grande trabalho de Bjorn Gellote e Niclas Engelin nas seis cordas.

Apostando pesado em investidas progressivas, a faixa título Battles se destaca, um grande acerto, principalmente no que tange a dinâmica sonora, guitarras e baixo criando camadas e os vocais se sobrepondo entre melodias e gritos desesperados, sem dúvida a melhor faixa do play.

Com solidez e competência, os suecos ainda soltam alguns bons momentos como a surpreendente Underneath My Skin e seu solo esperto e Wallflower que mistura Gothic Rock, Metal Progressivo e altas doses de efeitos e carga dramática no refrão, para fechar, Us Against The World encerra o trabalho com ecos do antigo In Flames com uma batida up tempo cativante.

Se não estamos diante de uma obra prima do In Flames (e de fato não estamos) Battles é um disco divertido, recheado de boas canções, carece sim de um ou outro momento mais inspirado, mas sem deixar de ser arrojado e cativante.

Battles (2016)




A Banda

 Andres Fridén (Vocal)
 Bjorn Gelotte (Guitarra)
 Niclas Engelin (Guitarra)
 Peter Iwers (Baixo)
 Joe Rickard (Bateria e Programação)

2 de dez. de 2016

Avenged Sevenfold - The Stage




Nota: 7,5

A minha relação com o som feito pelo Avenged Sevenfold pode ser resumida em uma frase: "Eu nutro um pouco mais de respeito do que admiração pelo trabalho do quinteto californiano." Sem dúvida estamos diante da maior banda surgida na música pesada desde o Slipknot, maior, no sentido de repercussão, atingem altas vendagens, exploram muito bem sua marca e possuem turnês altamente  concorridas, queiram ou não estamos diante de uma banda importante.

Mais de uma década depois muitas coisas mudaram no fronte, inclusive a perda de um dos principais membros, o baterista The Rev (uma espécie de Cliff Burton, para a garotada dos dias de hoje) um músico competente, importante na estrutura sonora e um líder silencioso, desde então a maturidade veio com as mudanças, e é impossível não perceber que a banda de fato evoluiu.

Em The Stage notamos um salto qualitativo grande, evolução essa que vem ocorrendo há alguns anos, principalmente pelo fato de  abandonarem boa parte dos clichês do Metalcore e gradativamente melhorarem suas músicas uma vez que sempre foram excelentes músicos  Entretanto a questão dos vocais de M Shadows continua evidente, é a cara da banda, mas tem horas que lhe falta consistência, longe de ser ruim.

A dobradinha The Stage e Paradigm evidenciam o que o disco tem de melhor, ou seja, músicos competentes, grandes arranjos, fim da gritaria non sense, tendo nas guitarras um trunfo, sem dúvidas um ótimo começo, destaque para as guitarras afiadíssimas de Zack Vengeance e Synyster Gates 

Quando Sunny Disposition das as caras,nos remete a numa espécie de revival de Bat Country e sua pegada para cima, eclética, com um par de metais, na qual o baterista Brooks Wackerman  aparece mandando muito bem. Gostem ou não, eles sabem levantar a poeira quando pisam no acelerador.

A supracitada  evolução em termos de composições é nítida e demonstra que música representa muito o momento de quem está compondo, God Damn sintetiza bem isso, uma das melhores e mais maduras músicas do disco, com M Shadows mandando muito bem, e um belo trabalho da cozinha da banda, ao contrário de Creating God que padece de força com um refrão chatinho.

Angels, é uma ótima balada munida de um grande arranjo (como toca Synyster Gates!), ainda temos bons momentos com a pesada e progressiva Simulation cheia de nuances e variações, porém o novo trabalho perde um pouco a intensidade na trinca Higher, Roman Sky e Fermi Paradox, ai faltou um produtor para trabalhar melhor boas músicas que poderiam ser espetaculares.

Para fechar a longa Exist explora a veia progressiva e a qualidade do quinteto ao longo de seus quinze minutos, tendo uma longa passagem instrumental atmosférica, é o Avenged Sevenfold ousando e saindo de sua zona de conforto.

The Stage é de fato um bom disco e vai garantir um bom momento de diversão, mesmo não sendo brilhante.

The Stage (2016)



A Banda

M Shadows (Vocal)
Synyster Gates (Guitarra Rítimica e Solo)
Zack Vengeance (Guitarra Rítimica)
Johnny Chirst (Baixo)

Brooks Wackerman (Bateria)


21 de nov. de 2016

Metallica - Hardwired...To Self- Destruct





Nota: 9,00

Oito anos e uma certeza, o Metallica ainda  é um hard hitter, um gigante o qual seus passos representam padrões para a música pesada, após o caos de St Anger e o peso e velocidade de Death Magnetic, decidiram mergulhar em suas influencias e puxar de suas raízes inspiração para o algo novo em seu décimo disco, sem querer reinventar a roda

Escutamos aqui ecos de suas influencias mais profundas, e isso é  nítido,  entretanto um novo caminho começa a ser construido, paradoxalmente o todo soa mais Metallica do que nunca, lembrando, Metallica, de todas as fases, de Hit The Lights a My Apocalypse, incluindo tudo o que aconteceu nesse meio tempo. E o porque do tamanho sucesso do album se não há nada exatamente novo? Bem, o disco é um dos trabalhos mais coesos da carreira, é a essencia do Metallica em estado bruto.

Como não relacionar a abertura Hardwired com os primeiros anos? Um soco bem dado no ouvinte desavisado, Atlas Rise! Por sua vez se estrutura em linhas melódicas bélissimas, aliado ao peso e trocas de andamento, um belo trabalho de Hetfield e Ulrich, reiterando a influência de NWOBHM que norteou a banda nos primórdios

Now That We’re Dead é a minha predileta, talvez pelo fato de eu ser um grande fã da fase maldita, sim leitor, Load e ReLoad, os discos aos quais tive muito contato, (comecei comprando a discografia com os patinhos feios lá no final de 1996). Deixando a nostalgia de lado, a música é um petardo, com uma grande levada  cadenciada de Lars Ulrich na bateria, amparado pelo baixo bem colocado de Robert Trujillo, vale destacar o refrão fácil, excelente.

Quando Moth Into Flame foi lançada há uns meses como single, era evidente a influência grande de Death Magnetic com alguns toques do famigerado St Anger (o disco mais odiado da banda, ao qual, gosto também, sim me julguem!) pegada rápida, letras de cunho pessoal de Hetfield e seu dilema com a fama, tudo isso embalado em uma nova (velha aura), diferentemente de  Dream No More, que funciona como o encontro da banda que gravou Master Of Puppets em The Thing That Should That Be com linhas vocais próximas aos trabalhos mais recentes cadenciada, pesada destacando como Hammet e Hetfield conseguem empolgar em suas harmonias.

O novo e o velho mais uma vez duelam em Halo On Fire,  longa, lenta e épica, o diálogo entre The Outlaw Thorn e The Day That Never Comes, vale destacar a habilidade do Metallica em conseguir criar atmosferas e explosões de climax, as vezes auto indulgente, mas muito eficiente.

Chegamos ao segundo disco, e com ele Confusion inicia-se com uma bateria em marcha, marcada pela batida forte de Lars e uma parede de guitarras de Hammet e Hetfield e com o baixo de Trujillo acompanhando, a sede de experimentos se faz presente em ManUnkind, uma viagem setentista, um ode ao Sabbath, ainda que um pouco fora de contexto.

Hardwired to Self -Destruct se alonga, mas com qualidade e propósito, Here Comes Revenge e Am I Savage? dão ao segundo disco a cara do Black Album (Metallica, de 1991), ou seja, alternância de andamento entre média e lenta, bateria e baixo marcados além de  guitarras bem definidas entre riffs básicos e solos melodiosos, sem tantas harmonias em duetos, mais Metallica impossível.

Para encerrar o trabalho de forma grandiosa encontramos a homenagem a Lemmy Kilmster  em Murder One na letra auto explicativa e na thrash motorhediana Spit Out The Bone, uma pedrada que não deixa nada de pé. O Metallica fecha mais um capitulo de sua carreira de forma gloriosa, e a crescente de Death Magnetic se mantém, eles estão mais fortes do que nunca.

Hardwired...To Self -Destruct (2016)



A Banda

James Hetfield (Vocal e Guitarra)
Lars Ulrich (Bateria)
Kirk Hammet (Guitarra)
Robert Trujillo (Baixo)


15 de nov. de 2016

UFC 205 - O Reinado de McGregor





A estréia do UFC no Madison Square Garden teve um grande vencedor, Conor McGregor pode afirmar com todas as letras, saiu do evento ainda maior do que entrou, uma vez que já é o campeão dos pesos penas (título ao qual não defendeu ainda, Aldo é o campeão interino) e com o nocaute arrebatador contra Eddie Alvarez, tomou de assalto o maior evento de MMA do planeta.

McGregor tem sim muitas falhas no seu jogo, principalmente na luta agarrada e no chão, mas seu deslocamento, velocidade e precisão são mais do que suficiente para assombrar seus adversários, todos esperavam que Alvarez usasse seu wrestling para controlar o Irlandês, mas ao optar por trocar golpes foi facilmente batido, dois knockdowns e um round depois, Alvarez foi nocauteado no segundo assalto e deu adeus ao seu cinturão.

O irlandês é capaz de capitalizar muito bem sua ascensão e está se tornando um padrão de promoção para o evento.

Antes do main event, Tyron Woodley e Stephen Thompson duelaram por cinco rounds de um bom combate, os estilos antagônicos, Woodley um wrestler que bate pesado e de muita explosão, porém mais curto e retido contra Thompson que ganha suas lutas usando sua envergadura e movimentações de forma efetiva, técnico e preciso. Foi o duelo entre a potência x eficiência, e deu um empate majoritário,  dois juízes anotaram vitória empate, um juiz deu a vitória de Woodley. 

O combate em si teve seus momentos como a vitória clara de Woodley em alguns momentos, uma guilhotina e golpes no ground and pound, enquanto Thompson tomou e centro e caçou o campeão em alguns momentos, mas sem dúvidas Woodley mereceu ficar com o cinturão, foi mais efetivo, aplicou seu wrestling com mais precisão, e quando acionado foi efetivo.

Outros pontos de destaques foram a vitória contundente de Yoel Romero (anti doping vai derruba-lo...) sobre Chris Weidman, que após as glórias de três defesas de cinturão, amarga sua segunda derrota consecutiva, graças a uma joelhada brutal do cubano no terceiro round. Veremos o que Dana White fará com Michael Bisping, atual campeão dos médios e seus desafiantes Ronaldo Jacaré e Romero, veremos.


Resultado dos palpites Resultado dos palpite UFC 205 1 Acertos (Jedrzejczyk)  4 Erros (McGregor,Empate do Woodley, Romero e Pennington Placar Geral: 52 Acertos, 43  Erros => 54%  de acerto.

12 de nov. de 2016

Palpites UFC 205 New York - Alvarez x McGregor






O dia 12 de Novembro vai ficar marcado na história do MMA Mundial, desde a proibição das lutas de vale tudo no fim dos anos 90, a cidade de Nova York não permitia lutas de artes marciais mistas na cidade, o UFC com seu poderoso e competente Staff derrubou o lobby contrário e conseguiu, após muitos anos realizar seu evento por lá, e  convenhamos não é qualquer evento.

Para celebrar a festa foi montado um card muito bom, com três disputas de cinturão, a principal entre Eddie Alvarez e Conor McGregor, pelo título dos pesos leves, e o combate promete grandes emoções, Alvarez, campeão, buscará encurtar e encurralar o Irlandês, enquanto o campeão dos penas vai buscar a distância e seus golpes precisos, luta MUITO difícil de prever o resultado.

Outro destaque fica por conta de Woodley e Thompson, disputando o cinturão dos meio médios, aqui vejo uma boa vantagem para Woodley nos dois primeiros rounds, mas se Thompson souber usar sua envergadura e os chutes precisos, pode frustrar e liquidar o campeão.

Vamos aos palpites do card principal 


Miesha Tate (18-6) vs. Raquel Pennington (8-5) Palpite => Tate vence.

Chris Weidman (13-1) vs. Yoel Romero (12-1) Palpite => Weidman vence.

Joanna Jedrzejczyk (12-0) vs. Karolina Kowalkiewicz (10-0) Palpite => Jedrzejczyk vence.

Tyron Woodley (16-3) vs. Stephen Thompson (13-1) Palpite => Thompson vence.

Eddie Alvarez (28-4) vs. Conor McGregor (20-3) Palpite => Alvarez vence.


11 de nov. de 2016

Testament - The Brotherhood Of The Snake



Nota: 9,00

O Testament é uma instituição do Thrash Metal, os veteranos do estilo demoraram quatro  anos para soltar o sucessor de Dark Roots Of The Earth, aliás, os longos ciclos entre os álbuns é uma constante na carreira dos caras atualmente, e vem se mostrando uma atitude certa, pois acabam entregando grandes trabalhos para os fãs, sem produzirem no modo automático

É inegável que um time que conta com Chuck Billy, Eric Peterson, Alex Skolnick, Gene Hoglan e Steve DiGiogio tem tudo para matar a pau, e aqui os objetivos foram atingidos, The Brotherhood Of The Snake é um grande disco, potente, furioso e magistralmente executado, evidenciando o excelente momento vivido pela banda.

A explosão de fúria movida pelo peso cavalar da bateria de Hoglan na faixa titulo, The Brotherhood of The Snake, já mostra que eles não vieram para brincar, Eric Peterson dispara um riff poderoso em The Pale King, na qual estão presentes as linhas vocais da fase clássica de Chuck Billy no refrão, uma boa demonstração do alto grau de inspiração das composições.


Stronghold descamba num Thrashão clássico recheado de peso e backing vocals guturais, destaque para a cozinha formada por DiGiorgio, que dá um show no baixo e Hoglan que demole sua bateria, Alex Skonlick nos brinda com um solo magistral, mostrando sua classe e talento, Seven Seals evoca grooves pesadíssimos e gruda logo na primeira, cadenciada e bem sacada, um dos pontos altos do play.

Seguindo uma linha mais cadenciada e calcada em grandes vocais de Billy, Born In a Rut lembra o estilo imortalizado pelo Pantera, cadência peso, alternância de momentos tensos e pesados e guitarras distorcidas e furiosas, Centuries Of Suffering podia estar em The Gathering devido a sua pegada brutal, a versatilidade das composições de Eric Peterson dão uma excelente dinâmica aos discos da banda.

A frenética Black Jack, é descontraída e tem um belo solo de Peterson, Neptune's Spear tem o DNA do Testament em seus arranjos, Alex Skonick deixa sua assinatura em um belíssimo e harmonioso solo, um monstro das seis cordas, uma das melhores músicas aqui.

Fechando o disco temos a polêmica Canna-Business e a imponente The Number Game fecham mais um grande sucesso do Testament, The Brotherhood Of Snake dá continuidade ao que os caras vem fazendo desde nos últimos tempos ou seja, Thrash dinâmico, pesadíssimo em sua essência mas com momentos mais melodiosos e leves. 

A atual formação reúne o que o Testament tem de melhor, ou seja, classe e energia. Disco Obrigatório!

Brotherhood of The Snake (2016)



A Banda


Chuck Billy (Vocal)
Eric Peterson (Guitarra)
Alex Skolnick (Guitarra)
Steve DiGiorgio (Baixo)
Gene Hoglan (Bateria)