24 de nov. de 2015

Act Of Defiance - Birth And The Burial




Nota: 8,5

Quando o guitarrista Chirs Broderick e o baterista Shawn Drover deixaram o Megadeth e anunciaram a intenção de trabalharem juntos, os fãs do Thrash Metal ficaram na expectativa do que poderia vir,o projeto começou tomar forma quando o vocalista Henry Derek (ex- Scar Of Martyr) e o baixista Matt Bachand foram anunciados, sob o nome de Act Of Defiance iniciaram os trabalhos do debut.

A experiência dos músicos somados a composições inspiradas fazem de Birth And The Burial um disco muito forte, carregando a mão em levadas pesadas da bateria reta e potente de Drover juntamente com as guitarras indefectíveis de Broderick que faz riffs marcantes, solos técnicos e passagens acústicas muito ricas. Os vocais de Derek são versáteis e alterna passagens guturais e melódicas remetendo ao estilo adotado por Chuck Billy do Testament.

Throwback foi a primeira música divulgada e impressiona, aqui Dave Mustaine deveria ter dado mais ouvidos aos seus companheiros de banda, um petardo marcante esbanjando o que faltou em Super Collider, peso e potência.

A avalanche sonora é mantida com as fortes Legion Of Lies, dotada de um belo trabalho vocal de Henry Derek, enquanto Thy Lord Belial não economiza no peso insano imposto pelo quarteto, mas é em Refrain and Re-Fracture que o Act of Defiance explora suas maiores qualidades, uma bela intro acústica de Broderick, levada matadora da cozinha com Drover e Bachand derrubando as paredes e Derek explorando bem sua voz.

Sem dar tempo para respiros, Dead Stare acelera na faixa mais "Megadeth" do disco, até nas linhas vocais, um Thrash Metal ultra técnico que poderia estar em Endgame, aliás Broderick é um monstro das guitarras, Desastrophe promove o encontro da sonoridade mais moderna do Groove Metal com o Thrash clássico como faz o Lamb Of God, mais um grande momento.

Explorando mais nuances da música pesada Poison Dream poderia estar em um disco do Nevermore graças aos arranjos intrincados e melodias que passam muita tensão antes de explodir em partes pesadas, destaque para o baixo cavalar evidenciado pelo ótimo trabalho do produtor Zeuss. 

Chegando ao final do debut, Obey The Fallen é dotada de um riffs daqueles (é Mustaine, você deveria te ouvido os caras ao invés de produtores mágicos) e um das melhores perfomances de Shawn Drover que amassa seu kit sem cerimônias. Crimson Pslam aprofunda incursões no groove e vocais limpos em um ritmo hipnótico, quanto a faixa título é dotada de um riff épico com grande destaque aos vocais de Henry Derek que tem sua melhor perfomance.

O Act of Defiance tem tudo para se firmar no cenário e dar continuidade a sua proposta simples e eficiente, fazer Thrash Metal com muita qualidade e influências diversificadas, o primeiro passo já foi dado e com certeza Shawn Drover e Chris Broderick mostraram que eram muito mais do que músicos coadjuvantes do Megadeth. Que venham mais discos.



Throwback






The Birth And The Burial (2015)



A Banda

Henry Derek (Vocal)
Chris Broderick (Guitarra e Violão)
Shawn Drover (Bateria e Backing Vocals)
Matt Bachand (Baixo e Hacking Vocals)


17 de nov. de 2015

Resultados UFC Fight Night 77 e UFC 193 - Belfort e Holm triunfam

Os dois eventos do UFC neste mês de Novembro mostraram uma boa diversidade de nomes, desde gigantes consagrados como Henderson e Belfort, estrelas em ascensão como Ronda Rousey e surpresas como Holy Holm, em meio a tantos combates quem saiu vencedor foi o fã de MMA que foi presenteado com dois bons eventos.

No Brasil Dan Henderson e Vitor Belfort fizeram o tira-teima dos veteranos, Henderson venceu Belfort em 2006, Belfort bateu Henderson em 2013, ambos estavam envolvidos na polêmica do TRT e fizeram  terceira luta sem a terapia de reposição.

Ficou claro que Belfort estava melhor fisicamente do que sua luta contra Chris Weidman, e que a idade de Henderson começou a pesar, ambos veteranos começaram se estudando e o americano disparou alguns low kicks para abrir o combate, o brasileiro de forma paciente aguardou o momento para disparar um chute alto certeiro, levando o oponente a nocaute sendo complementado com potentes golpes no chão.






Já no último sábado Ronda Rousey e Holy Holm fizeram a luta principal do UFC 193, e Holm quebrou a banca de apostas, Ronda era favorita e ostentava lutas vitórias fulminantes no Strikeforce e UFC, Holm é multi campeã  mundial de Boxe. 

Rousey vinha demonstrando agressividade e precisão, Holm havia feito duas lutas e vencido sem grande brilho, porém tudo mudou no último sábado. A então campeã demostrou afobação quando atingida pela desafiante e mesmo soltando golpes potentes pouco ou nada fez para neutralizar a maior envergadura e a trocação mais afiada de sua oponente.

Méritos total a Holy Holm, que estudou Rousey e junto com seu técnico, Greg Jackson, montou um jogo, baseado em sua envergadura,  que implodiu a judoca, no primeiro Round a desafiante acertou bons golpes e absorveu bem quando foi atingida, e na etapa seguinte finalizou a fatura com ótimas esquivas e um chute alto devastador.

Ronda foi nocauteada e perdeu o título, parte da derrota ficou por conta de uma estratégia errada (ou falta de uma estratégia) Holm mostrou-se fria e tecnicamente brilhante. O Peso galo feminino tem uma nova campeã.



Troca franca
O golpe certeiro

A nova campeã
Resultado dos palpites UFC FIGHT NIGHT 77 e UFC 193: 7 acertos (Anderson, Oliveira, Thomas Almeida, Golver Teixeira e Belfort)  4 Erros (  Rachid Magomedov, Jared Rosholt, Robert Whittaker e Holy Holm)
Placar Geral: 69 Acertos, 40  Erros  - 63,3 % de Acerto

13 de nov. de 2015

Palpites UFC 193 - Rousey x Holm






As mulheres vem dando um show a parte no UFC, mostrando carisma, dedicação e lutas movimentadas as atletas vem despontando como estrelas no mundo do MMA, e a maior de todas, Ronda Rousey tenta mais uma defesa de cinturão, desta vez contra a boxer e multi campeã  de boxe Holly Holm, também invicta, tem uma missão complicada parar Rousey.

A luta pode ser equilibrada se Holm conseguir manter Rousey afastada, porém o favoritismo da campeã é considerável.

O card ainda conta com boas lutas como a segunda luta entre Mark Hunt e Antonio Pezão pelos pesos pesados, um combate que promete bastante adrenalina.

Como sempre vamos aos palpites do card principal


Stefan Struve (26-7) vs. Jared Rosholt (13-2) => Palpite: Sturve Vence. 

Uriah Hall (12-5) vs. Robert Whittaker (14-4)  => Palpite: Hall Vence.

Mark Hunt (10-10-1) vs. Antonio “Bigfoot” Silva (19-7-1)=> Palpite: Hunt Vence.

Joanna Jedrzejczyk (10-0) vs. Valerie Letourneau (8-3)=> Palpite: Jedrzecjczyk vence.

Ronda Rousey (12-0) vs. Holly Holm (9-0)=> Palpite: Rousey vence.

6 de nov. de 2015

Palpites UFC Fight Night 77 - Belfort x Henderson 3




Vitor Belfort e Dan Henderson estão entre os maiores lutadores da história do MMA, oriundos de uma geração pré popularização da modalidade, ambos colecionam títulos, vitórias avassaladoras e momentos de baixa, mas o legado dos campeões é enorme.

Em termos de combate temos a imprevisibilidade como maior fator, ninguém sabe como os veteranos vão se portar, vale lembrar que os dois faziam uso da terapia de reposição hormonal de testosterona (TRT) que era permitido e passou a ser proibido pela NASC.

Polêmicas a parte acredito em um ligeiro favoritismo de Belfort, mas é uma luta difícil e altamente imprevisível.

No co main event, Glover Teixeira e Patrick Cummins lutam no top 10 da divisão dos Meio Pesados, uma luta que promete emoções, Glover, pode combinar suas mãos pesadas com seu jogo de quedas e bom Jiu Jitsu, Cummins é um especialista em wrestling com muita potência e velocidade, não pode ser subestimado.

Como sempre vamos aos palpites do card principal


Fabio Maldonado (22-8) vs. Corey Anderson (6-1) => Palpite: Corey Anderson vence.

Gilbert Burns (10-0) vs. Rashid Magomedov (18-1)=> Palpite: Gilbert Burns vence.

Alex Oliveira (12-2-1, 1 NC) vs. Piotr Hallman (15-4)=> Palpite: Alex Oliveira vence.

Thomas Almeida (20-0) vs. Anthony Birchak (12-2)=> Palpite: Thomas Almeida vence.

Glover Teixeira (23-4) vs. Patrick Cummins (8-2)=> Palpite: Glover Teixeira vence.

Vitor Belfort (24-11) vs. Dan Henderson (31-13)=> Palpite: Vitor Belfort vence.


5 de nov. de 2015

Its Electric Recomenda: Discos para curtir #4

Em um piscar de olhos já estamos no fim de 2015, e como todos os anos as listas de melhores lançamentos começam a pipocar em todos os sites do gênero na Internet e revistas especializadas, aqui no Its Electric também faremos a nossa como todos os anos, mas enquanto dezembro não vem, preparei mais uma série de recomendações de discos para curtir, não necessariamente deste ano, mas sim uma mistura de estilos e épocas, uma pequena visita em minha coleção trouxe a inspiração para tentar adicionar coisas novas para os leitores e até redescobrir aquele disquinho que ficou esquecido por algum tempo.

Vale dar uma orelhada!


Jack White - Blunderbuss (2012)





Quem já assistiu a um show do ótimo Jack White (Guitarrista, Tecladista e Vocalista, ex-lider dos White Stripes) conhece as esquisitices e excentricidades de sua música, um caldeirão de influências que viaja do Blues antigo,Country, Soul, Rock , Folk e afins. A sonoridade peculiar de seu debut solo impressiona, eclético porém coeso e empolgante. 
Destaques: Missing Pieces, Sixteen Saltiness, Blunderbuss, I'm Shakin'.



Missing Pieces



Slave To the System - Slave To The System (2002)





Talvez pouca gente tenha ouvido falar no Slave to The System, um projeto formado em 2000 pelos então companheiros de Queensrÿche Scott Rockenfield (Bateria) e Kelly Grey (Guitarra, que substituia Chris Desarmo na época) se juntando ao guitarrista e vocalista Damon Johnson (Brother Cane, ex- Thin Lizzy, ex-Alice Cooper e atual Black Star Rider) e ao baixista Roman Glick (Brother Cane). O som praticado aqui é um Hard rock com uma pegada pesada com um pé no alternativo, algo próximo ao Soundgarden com toques de Hard Rock moderno, o trabalho é interessante, energético, e pesado, uma boa pedida fora da mesmice. Destaques: Ruby Wednesday, Slave To The System, Desinfected e Leaves.

Leaves




Danzig - Danzig I (1988)





O Debut da carreira solo do vocalista Glen Danzig (ex-Misfits) é um petardo daqueles, um ode ao som pesado que os mestres do Black Sabbath deram inicio com influências Punk Rock e as vocalizações graves e desesperadas de Glen, a parceria com o guitarrista John Christ funciona muito bem. Confiram! Destaques: Twist Of Cain, Soul On Fire, Am I Demon e Mother 

Mother



Thin Lizzy - Jailbreak (1976)




Toda coleção que se preze tem que ter alguns discos essenciais do estilo ao qual o colecionador é fã, visto isso, Jailbreak é um dos pilares do Hard Rock e Heavy Metal que explodiria na década seguinte, guitarras gêmeas, baixo pulsante, empolgação nas batidas da batera e linhas vocais inesquecíveis, aqui a turma de Phill Lynot deu uma aula. Absolutamente imperdível. Destaques: Jailbreak, Warrior, The Boys Are Back In Town e Cowboy Song.

Jailbreak