31 de jul. de 2015

Palpites UFC 190 - Rousey x Correia



O UFC desembarca no Rio de Janeiro com sua maior estrela, a talentosa Ronda Rousey coloca seu cinturão em jogo contra a brasileira Bethe Correia em um combate que foi bem promovido e pode colocar algum desafio para a campeã que vem passando por cima de suas adversárias sem maiores dificuldades.

Porém quando falamos de luta, tudo pode acontecer... 

Ainda teremos Mauricio Shogun contra Rogerio Minotouro revivendo o épico combate no Pride em 2005, ambos estão longe do auge mas podem proporcionar um bom combate e quem sabe dar um novo ânimo as carreias.

Vamos aos palpites do card principal

Claudia Gadelha (12-1) vs. Jessica Aguillar (19-4) => Palpite: Claudia Gadelha vence.
Antonio Silva (18-7, 1 NC) vs. Soa Palelei (22-4) => Palpite: Antonio Silva vence.

Stefan Struve (25-7) vs. Antonio Rodrigo Nogueira (34-9-1, 1 NC) => Palpite: Minotauro vence.

 Reginaldo Vieira (13-3) vs. Dileno Lopes (19-1) => Palpite: Dileno Lopes vence.

 Glaico Franca (13-3) vs. Fernando Bruno (16-2) => Palpite: Fernando Bruno vence.

Maricio “Shogun” Rua (22-10) vs. Antonio Rogerio Nogueira (21-6) => Palpite: Shogun vence.

Ronda Rousey (11-0) vs. Bethe Correia (9-0) => Palpite: Ronda Rousey vence.


30 de jul. de 2015

Helloween - My God-Given Right






Nota: 5,5


O Helloween continua produzindo álbuns com frequência e atraindo boas audiências ao redor do mundo, os alemães possuem um patrimônio musical excelente e mesmo com quase 30 anos de carreira continuam firmes e fortes em um ciclo de lançamentos e turnês invejável.

Chegamos em 2015 e My God-Given Right é lançado com uma missão, dar continuidade a sonoridade calcada no Metal Melódico sem grandes variações, hora mais pesado hora mais suave, como vem sendo constante desde o terrível Rabbit Don't Come Easy (2003), de lá para cá alguns acertos e alguns erros tornaram essa última fase da banda a mais monótona de todas.

Apesar de não se tratar de um disco ruim, pelo contrário, o novo trabalho apresenta alguns momentos que chegam a empolgar pela energia de algumas canções, mas a falta de diversidade e ousadia atrapalha, uma vez que desde a entrada de Andi Deris em 1994 o Helloween trazia um tempero especial a sonoridade característica, aqui dois velhos fantasmas reaparecem, Roland Grapow e Uli Kusch, que fazem uma falta tremenda.

A nova empreitada é longa são 15 faixas e 1 bônus, em termos de produção e execução não podemos reclamar (apesar do padrão sonoro extremamente parecido em relação aos 4 discos anteriores) Andi Deris é um grande vocalista que sabe usar seu timbre peculiar, Michael Weikath e Sascha Gerstner pilotam bem as bases, riffs e solos de guitarra, e Markus Grosskpof e Dani Loblë foram uma cozinha sólida e versátil. Uma pena que esse bom time não venha rendendo tão bem assim.

O maior problema é destacar músicas que realmente chamem a atenção em meia monotonia de arranjos e timbres, faltam aquele tom  híbrido e cativante da primeira era da fase Deris (1994-2001). Mesmo assim a abertura com Heroes levanta bem o clima com grandes riffs, linhas de baixo arrojadas e bons vocais, dai em diante as coisas desandam e mergulham na monotonia, Battle's Won, My God-Given Right pouco ou nada adicionam ao track list, caindo no velho "mais do mesmo".

A reação vem com uma boa dupla de músicas, Russian Roulé reaviva o Helloween com uma boa dose de Hard'N Heavy de primeira, com Deris revivendo o estilo dos tempos de Pink Cream 69, e um instrumental cativante, na sequencia The Swing Of A Fallen World também faz bonito e mostra que existe criatividade dentro da banda, uma faixa épica com arranjos bem montados e melodias espetaculares.

Depois dos acertos, o rumo é perdido com muitas músicas que nada tem a dizer, apenas repetir o que foi feito, e não espero a reinvenção do Metal em um disco do Helloween, mas ao menos criatividade para fazer algo convincente, músicas como Like Everybody Else, Creatures In Heaven e If Gods Loves Rock'N'Roll  podiam ser B-sides dos menos inspirados.

As coisas se  arrastam até perto do seu final com a certeira You, Still At War em sete minutos inspirados, principalmente nos solos da dupla Gerstner/Weikath, o trabalho termina  sem nada horroroso de fato mas muito longe de empolgar, inclusive em relação a discos anteriores da fase atual que possuem momentos melhores. 

Está hora do Helloween tirar umas férias e voltar mais inspirados.



My God-Given Right


Ouça no Spotify

My God-Given Right





A Banda

Andi Deris (Vocal)
Michael Weikath (Guitarra)
Sasha Gerstner (Guitarra)
Markus Grosskpof (Baixo)
Dani Loblë (Bateria)


27 de jul. de 2015

Muse - Drones





Nota: 7,5

O Muse deixou de ser uma promessa do Rock e se tornou realidade faz alguns anos, junto ao Foo Fighters divide o trono de maior banda do estilo do planeta, ao contrário da turma de Dave Grohl, o trio inglês viaja entre diversos estilos da chamada música popular.

Em um mesmo disco escutamos Rock, Metal, Hard Rock, Eletrônico, Dub Step, Pop e até Incursões sinfônicas, essa mistura funciona muito bem graças a habilidade e competência do principal compositor o guitarrista e vocalista Matthew Bellamy.

O sétimo disco de estúdio dos caras e apresenta uma sonoridade ligeiramente diferente do que ouvimos nos dois últimos discos, The Resistence (2009) e The 2nd Law (2012) que tinham mais influências eletrônicas em meio ao conceito de "Wall Of Sound" das produções do conjunto, desta fez as guitarras e as batidas Rock se fazem mais presentes.


Dead Inside abre o ambicioso trabalho com uma invariável batida dubstep mesclado a guitarras sintetizadas e uma linha de baixo hipnotizante do excelente Chris Wolstenholme, pegando carona no disco The Resistence, Psycho foi o primeiro single, e é iniciada em clima de guerra fria (tema do disco) com um oficial ordenando seu soldado a ser uma máquina de matar, o compasso em forma de marcha liderado pela bateria de Dominic Howard casa bem com o riff pesado e cheio de groove da guitarra de Bellamy.

O disco caminha bem com a pop e emocional Mercy, ganha contornos dramáticos e industriais em Reapers e flerta com o Rock e Metal Progressivo djent com a intrigante The Handler, uma grande música com um harmonias certeiras.

Apesar de metade do disco passar sem problemas, o Muse não consegue engrenar 100% graças uma vez que repete a fórmula adotada em seus discos recentes, causando uma impressão de que a criatividade de outrora vem perdendo força.

Defector tem um riff de guitarra interessante e um som de baixo robusto, porém a sensação de "já ouvi isso antes" fica no ar, talvez melodias mais ortodoxas quebrariam o tom experimental que muitas vezes não soa espontâneo. Revolt traz bons momentos vocais e um ar acessível bem vindo, mas novamente sem surpreender.

A tão elogiada sensibilidade musical do trio dá as caras na ótima Aftermath e sua veia melancólica que prepara o terreno para a épica e espetacular The Globalist, um dos momentos que remetem ao Muse que mostrou sua cara ao mundo com seus 10 minutos de viagem, megalomaníaca sim, mas bom gosto acima de tudo. A faixa título fecha o disco em clima pós apocaliptico transportando o ouvinte para o conceito do disco.

 Drones é um trabalho bem feito, com uma produção de primeira linha, e traz o Muse novamente mais próximo do rock pesado, entretanto, alguns momentos a fórmula de misturar tudo e criar uma massa sonora (pesquise o conceito de Wall Of Sound) cansa, e impede um trabalho ainda melhor. 

Entretanto a qualidade supera os defeitos, se você gosta da ousadia do Rock inglês, somado a complexidade sonora ímpar, pode conferir sem medo.



Psycho





Drones (2015)





A Banda

Matthew Bellamy (Vocais, Guitarras, Sintetizadores,Teclado)
Chris Wolstenholme (Baixo, Backing Vocals, Sintetizadores)
Dominic Howard (Bateria, Backing Vocals)

24 de jul. de 2015

Palpites UFC on FOX 16 - Dillashaw x Barão II







Chicago vai receber mais um evento do UFC, desta vez colocando frente a frente TJ Dillashaw, atual campeão dos pesos galos contra Renan Barão, ex campeão da categoria que busca sua revanche, a luta ganha contornos interessantes ao ponto que o cenário se inverteu desde o último combate.

Na ocasião, Barão era favorito e vinha de mais de vinte lutas invicto, passando por cima de adversários e defendendo seu cinturão (antes interino e definitivo) por 4 ocasiões, TJ na demonstrava tanto perigo até o dia da luta, ali o americano se transformou e acabou se sagrando campeão de forma incontestável com um nocaute técnico.

Muito se especulou até a revanche, agora teremos um bem vindo tira-teima, desta vez Dillashaw é favorito e o brasileiro corre por fora, muitos dizem que o corte de peso é o maior inimigo do ex-campeão dos galos.

Luta muito difícil de opinar sem contar o lado torcedor.

Vamos aos palpites do card principal

Joe Lauzon (24-11) vs. Takanori Gomi (35-10) => Palpite: Joe Lauzon vence.

Edson Barboza (15-3) vs. Paul Felder (10-0) => Palpite: Edson Barbosa vence.

Miesha Tate (16-5) vs. Jessica Eye (11-2) => Palpite: Miesha Tate vence.

TJ Dillashaw (11-2) vs. Renan Barao (33-2) => Palpite: Renan Barão vence.




16 de jul. de 2015

UFC 189 - McGregor sai na frente!

No último dia 11 de julho Connor McGregor deu seu maior passo dentro do UFC, ao enfrentar e vencer Chad Mendes (fora de forma, com apenas três semanas de treinamento) o irlandês deu um passo importante para ganhar ainda mais confiança no duelo contra José Aldo na unificação dos cinturões.

Por sua vez o resultado excelente de McGregor foi um pouco ilusório uma vez que Chad estava claramente prejudicado pelo corte abrupto de peso e pela falta de tempo de preparo, os dois rounds da luta foram do americano que colocava seu adversário para baixo a todo momento e o dominava com um ground'n pound efetivo, porém existe o mérito do vencedor, McGregor acertava bons chutes na linha de cintura de Mendes, minando seu fôlego.



O nocaute técnico foi um grande resultado mas tenho certeza que ambos se enfrentarão novamente e Mendes bem treinado será um duro adversário para o atual campeão interino dos pesos galos. 

Bons chutes na linha de cintura
Mendes colocando para baixo
trocando com propriedade

McGregor rumo a vitória



José Aldo terá uma guerra pela frente, e é bom se preparar porque não será fácil!



Na segunda disputa de cinturão da noite, Robbie Lawler mostrou que renasceu na carreira e bateu pela segunda vez o excelente Rory McDonald em um combate eletrizante, Lawler venceu o primeiro round, e foi duramente castigado nos dois rounds seguintes até tirar forças  do além no quarto round e punir McDonald com um diretor certeiro no nariz  e finalizar a fatura com mais dois golpes no chão até que o árbitro interrompesse o combate!

Lawler mantém a cinta e espera mais um desafiante na categoria dos meio médios, uma bela vitória banhada a sangue e suor, um guerreiro nato!



troca frenética de golpes

Lawler segurou a pressão
McDonald bem avariado pelos golpes de Lawler


 Resultado dos palpites UFC 189 2 Acertos ( Gunnar Nelson e Robbie Lawler) , 3 erros (Thomas Almeida, Jeremy Stephens, Connor McGregor

Placar Geral: 43 Acertos, 28 Erros  - 60,5 % de Acerto

11 de jul. de 2015

Palpites UFC 189 - Mendes x McGregor





O UFC 189 prometia um main event explosivo, colocando José Aldo de frente contra o irlandês Connor McGregor, porém uma lesão na costela tirou o brasileiro do páreo e o cinturão interino dos penas entrou em jogo, Chad Mendes foi chamado e disputará o título de forma interina.

O card principal é recheado de lutas interessantes e pode trazer surpresas para  o público, na outra disputa de título, Robbie Lawler defende seu cinturão contra Rory MacDonald numa revanche onde tudo pode acontecer, dois lutadores agressivos que podem render a luta da noite!

Vamos aos palpites


Brad Pickett (24-10) vs. Thomas Almeida (19-0) Palpites => Pickett vence.

Gunnar Nelson (13-1-1) vs. Brandon Thatch (11-2) Palpites => Gunnar Nelson vence.

Dennis Bermudez (14-4) vs. Jeremy Stephens (23-11) Palpites => Bermudez vence.

Robbie Lawler (25-10) vs. Rory MacDonald (18-2) Palpites => Lawler vence

Chad Mendes (17-2) vs. Conor McGregor (17-2) Palpites => Chad Mendes vence

9 de jul. de 2015

Iron Maiden Anos 2000 - 15 músicas essenciais para você conhecer!





Adrian Smith, Nicko McBrain, Bruce Dickinson, Steve Harris, Janick Gers e Dave Murray



O Iron Maiden retornará as atividades após algum tempo de silêncio preparando o novo disco de estúdio, duplo,  intitulado de Book Of Souls que será lançado em Setembro, a banda  ainda está se reestruturando após Bruce Dickinson ser diagnosticado com câncer (já em plena recuperação). 

Aproveitando o noticiário agitado resolvi revisitar a fase mais recente da banda que se iniciou em 2000 quando Dickinson e Adrian Smith retornaram ao front, e como sexteto deram inicio a mais uma fase da carreira.

Para reavivar a memória escolhi 15 músicas desta era que é cercada de opiniões distintas, o tom progressivo e épico das composições e a produção seca e econômica de Kevin Shirley geram saudáveis discussões mundo afora, mas ninguém nega a relevância e o poder que esses senhores exercem sobre a música mundial.

Pois bem vamos a seleção que compreende 4 discos Brave New World (2000), Dance Of Death (2003), A Matter Of Life And Death (2006) e The Final Frontier (2010).



































15) The Nomad (Brave New World)

The Nomad pode passar desapercebida para muitos ouvintes, entretanto, quando ouvida com atenção percebemos a riqueza dos arranjos progressivos e nas harmonias orientais das guitarras e na voz, Dave Murray faz a diferença com suas escalas precisas. Ponto para ele!

14) Rainmaker (Dance Of Death)

Nem só de épicos vive o Iron Maiden, Rainmaker é um petardo rápido com um apelo hard rock acessível que cativa o ouvinte, uma música simples e não menos empolgante.

13) These Colours Don't Run (A Matter Of Life And Death)

Bruce Dickinson dá um show a parte interpretando a música de forma indefectível, o refrão é pegajoso mas imponente, os solos das guitarras envolvem o ouvinte, sem cair na armadilha de soar demasiadamente épica ou descaradamente comercial, a música feita na medida certa.

12)  Satellite 15...The Final Frontier (The Final Frontier)

Quem disse que o Maiden não flerta com experimentalismos? A faixa título do décimo quinto disco da banda se divide em duas partes, a bateria pulsante de McBrain e os efeitos de guitarra soam como uma poderosa (e longa) introdução para um hard rock cativante!

11)  Out Of Shadows (A Matter Of Life And Death)

Uma Power Ballad acertada, AMOLAD é um disco denso e cheio de pretensão, Out Of Shadows quebra o clima ao esbanjar bom gosto e um bem vindo acento mais acessível, ponto para Harris que conduz os arranjos de forma acertada

10) Dream Of Mirrors (Brave New World)

Revivendo o tom progressivo mas melódico de Somewhere In Time, Dream of Mirrors é um alento para quem foi obrigado a ouvir Virtual XI e sua patacuda futurista de araque, aqui temos Iron Maiden soando bem, revigorado e pronto para voltar aos grades momentos e apresentando aos fãs sua nova tendência de incluir várias músicas longas em seus discos.

09) Journeyman (Dance Of Death)

A carreira solo de Bruce Dickinson e sua parceria com Adrian Smith refletiu em como o "novo-velho" Maiden iria soar, Journeyman é uma balada com trechos acústicos rodeada de uma atmosfera folk. O fato de apresentar uma nova proposta e quebrar um paradigma ajudou a ampliar os limites sonoros do sexteto. Mais um bom ponto de experimentalismo.

08)  Different World ( A Matter Of Life And Death)

A velha fórmula de música rápida e grudenta que abre discos, Steve Harris e Adrian Smith se entendem compondo e percebemos na simplicidade da proposta da música um entrosamento natural, tudo flui bem e agrada o ouvinte na primeira.

07)  Mother Of Mercy (The Final Frontier)

O legado de Piece Of Mind (1983) dá as caras em Mother Of Mercy, muitos fãs sentiam falta de temas épicos e pesados, sem deixar as conhecidas harmonias para trás, e convenhamos quem tem Bruce Dickinson como vocalista não precisa se preocupar!

06)  Brighter Than a Thousand Suns ( A Matter Of Life And Death)

Steve Harris é um líder exemplar, baixista talentoso e compositor nato, mas qualquer fã da Donzela sabe que sem Adrian Smith a história da banda seria outra (com menos sucesso e qualidade)  a dupla mais uma vez se destaca e Smith destila seus riffs poderosos na faixa mais pesada do disco, Dickinson não decepciona e incorpora bem as letras e segura as pontoas com seus vocais. 

05) Dance Of Death (Dance Of Death)

Confesso que não sou um grande fã de Janick Gers, mas tenho que reconhecer sua qualidade como compositor de grandes riffs em certos momentos, em Dance Of Death ele brilha. Impossível não destacar as três guitarras na melhor sequencia de solos da fase atual até o presente momento. Um momento mágico que vale o disco.

04)  Coming Home (The Final Frontier)

É inevitável falar de Iron Maiden citando a gloriosa fase dos anos 80, o auge absoluto dos ingleses em termos criativos e de perfomance e de maneira positiva Coming Home traz a aura de Seventh Son Of A Seventh Son de volta, misturando bem o Heavy Metal com toques progressivos e melodias Hard Rock. Um momento para ficar na história provando que esses senhores ainda tem lenha para queimar.

03) The Ghost Of Navigator ( Brave New World)

A música que os fãs do Maiden esperavam desde o fim dos anos 80, Harris lidera a banda com sua linha de baixo inconfundível e o bom trabalho das guitarras fizeram os sonharem novamente com uma fase digna do tamanho da banda. Um clássico.

02)  Paschendale (Dance Of Death)

Paschendale é mais um momento épico dentre tantos que a banda vem produzindo em sua última fase, poderia cair no lugar comum se as guitarras de Adrian Smith não jogasse uma tonelada de peso e melodia nos ouvidos dos fãs. É um momento pretensioso e épico, a intenção de soar imponente e até auto indulgente funcionou e o sexteto gritou alto um "ESTAMOS DE VOLTA"

01) Brave New World (Brave New World)

Bruce Dickinson tem inúmeros momentos gloriosos como vocalista, dentre eles a faixa título do álbum de retorno ao Maiden na qual somos brindados com uma das melhores performances do front man do Maiden em toda carreira, esplendido sem economizar seus poderosos vibratos, aqui percebemos como ele foi essencial para a projeção mundial dos caras. 

Divirtam-se, comentem e critiquem a vontade!


Ouça a lista Maiden 2000 no Spotify!




2 de jul. de 2015

Discografia Comentada: Iced Earth (1988-2014) - Parte 4


James McDonough, Jon Schaffer, Richard Chirsty, Tim Owens e Ralph Santola

Com um álbum semi acabado e muitas dúvidas Jon Schaffer remonta o Iced Earth recrutando Tim "Ripper"Owens nos vocais e Ralph Santola para as guitarras solo e ainda contando com Richard Christy na Bateria e James McDonough no baixo, Schaffer da o acabamento final ao seu projeto mais ambicioso até então, The Glorious Burden basicamente fala de guerras e da história dos Estados Unidos.


The Glorious Burden (2004)






A nova formação impunha respeito, e contar com recém saído vocalista do Judas Priest (até as gravações do disco, Ripper ainda era vocalista da banda inglesa) trouxe muita atenção e expectativa ao trabalho novo.

Musicalmente Schaffer tentava a todo custo desenvolver a uma sonoridade convincente e revitalizada já que Horror Show não correspondia com  a qualidade do passado, a decepcionante perfomance de Matthew Barlow pesava bastante, tanto que em comum acordo Schaffer e Barlow já entendiam que era hora de colocar fim ao ciclo, tanto que os vocais principais foram todos regravados, os backing vocals foram mantidos

A aproximação ao Heavy Metal tradicional e épico foi latente, coros e guitarras harmônicas ocuparam mais o espaço das palhetadas Thrash Metal e vocais melancólicos, como ficou claro na épica Declaration Day, a balada When The Eagle Cries coloca o tema patriótico em alta, uma letra que narra a dor dos atentados de 11/09/2001, apesar de boas músicas elas não refletiam a essência do Iced Earth, porém com o inicio de The Reckoning (Don't Tread On Me) era possível ouvir a banda fazendo o seu melhor, uma perfomance assustadora de Tim Owens e do batera Richard Christy.

O disco vai tomando forma com a trinca Greenface, Attila e Red Baron/Blue Max, canções mais agressivas, ainda que voltadas ao Heavy Metal tradicional, e com um inédito trabalho de harmonias das guitarras, mas a essa altura, o então novo registro trazia muitas interrogações sobre o caminho que o Iced Earth ia trilhar.

Mesmo sendo  diferente, The Glorious Burden era musicalmente mais bem acabado e coeso que o antecessor, mas muitos fãs se negavam a aceitar Ripper como substituto de Barlow, a balada The Hollow Man resgatava um pouco o lado melancólico e Valley Forge apresentava melodias acústicas e guitarras dinâmicas como nunca visto antes,méritos de Ralph Santola que não economiza, a forte Waterloo fechava o track list regular, sem grandes clássicos, mas sem decepções.

Entretanto no segundo disco (para quem tem a edição especial) vinha um dos maiores momentos do Iced Earth, a trilogia Gettysburg (1863)* que narra, em mais de 30 minutos, uma da batalhas mais sangrentas e decisivas da história americana na guerra civl, entre a União e os rebeldes Confederados.

São mais de 30 minutos de uma viagem histórica imperdível, drama, intensidade, peso e competência jorram dos alto falantes, transformando a trinca The Devil To Pay, Hold At All Costs e High Water Mark em clássicos absolutos, com grande perfomance de todos os músicos envolvidos, além de orquestrações e conjuntos de percussões. Tim Owens mostrou seu valor.

Tais experimentos sonoros serviram de base para os dois próximos discos, mas sem o mesmo êxito. 

A Banda

Jon Schaffer (Guitarra)
Tim Owens (Vocais)
Ralph Santola (Guitarra)
James MacDonough (Baixo)
Richard Christy  (Bateria)

Matthew Barlow aparece nos créditos nos backing vocals

*a batalha de Gettysburg

The Reckoning (Don't Tread On Me)




Ouça no Spotify






Jon Schaffer, Tim Owens, Dennis Hayes, Troy Steele e Brent Smedely
Todas as mudanças no Iced Earth geraram desconfiança, e a banda mesmo gravando um bom disco e saindo em turnê ainda lidava com um passado que virou um fantasma, Jon Schaffer tinha uma banda excelente tanto em estúdio como no palco, as vendas eram as melhores da carreira, mas suas composições atuais não se enquadravam ao estilo que o consagrou, essa distância gerou especulações sobre os novos rumos.

Após as saídas de Richard Christy, que se dedicou ao humor, James McDonough que foi recrutado pelo Megadeth para assumir o lugar de David Ellefson e Ralph Santola que não se encaixava a ao estilo de liderança de Schaffer, o mandatário do Iced Earth se viu forçado a reformar a banda em um  processo muito confuso, tendo inúmeros músicos colaborando nas gravações

* todos os músicos que passaram pelo IE, se atentem ao período de 2005 em diante

Framing Armaggedon: Something Wicked Part 1 (2007)




Talvez o maior erro da carreira de Jon Schaffer começa aqui, tentando reviver o passado e montar uma ponte para o futuro apostou todas as fichas para contar a história da trilogia do Something Wicked This Way Comes em dois discos, parecia uma idéia razoável até as coisas sairem da gaveta e chegarem ao mercado.

Framing Armaggedon prometia trazer o som dramático e pesado de volta, mas o que vimos foi um aprofundamento da sonoridade do disco anterior, porém sem a mesma coesão e qualidade, inúmeras passagens acústicas e percussões tribais, aliados a coros épicos, teclados e guitarras harmônicas, logicamente, passagens pesadas e até alguns clássicos  apareceram em meio a tantas mudanças.

Para o novo trabalho, Schaffer conseguiu trazer Brent Smedley na bateria novamente e um antigo amigo, Troy Steele assumiu a guitarra solo (o guitarrista Tim Mills também colaborou com solos e uma composição), Jon se encarregou de gravar a maior parte do baixo, tendo Dennis Heyes, amigo de Tim Owens como responsável para finalizar as demais partes do instrumento, e todos esperavam os resultados do referido vocalista gravando material escrito para sua voz.

Musicalmente Framing Armaggedon é tão confuso quanto sua concepção, a complexidade musical e as diversas influências não casaram bem com o estilo da banda como um todo, gerando altos e baixos que comprometem o resultado final, ao mesmo tempo que algumas das melhores músicas em muitos anos estão nesta primeira parte.

Something Wicked Part 1 possuí trechos da trilogia original, fazendo uma eficiente ligação com o passado, também é impossível não se empolgar com a emocional A Charge To Keep (um show a parte de Owens e Schaffer) ou sair chutando tudo com a forte Ten Thousand Strong, aliás gostem ou não, Tim Owens demonstra maturidade ao encaixar sua voz com sabedoria, assim como ouvir Brent Smedley comandar a bateria evidencia que seu estilo casa com perfeição com as bases de Jon Schaffer.

Outros grandes momentos podem ser ouvidos nas melodias contagiantes de Order Of Rose, na longa The Clouding e na feroz Framing Armaggedon,uma das músicas mais pesadas da banda, entretanto em meio a 19 faixas, fica difícil destacar positivamente mais que isso, sendo que o restante do conteúdo se encontra entre vinhetas instrumentais e outras canções (umas boas outras nem tanto).

A velha questão do "menos é mais" afeta o trabalho, que consegue inserir o ouvinte dentro da saga dos Seths e sua luta contra a humanidade, mas musicalmente o excesso de pompa e pretensão atrapalha. 

Sendo assim o maior problema de Framing Armaggedon não foi a troca dos integrantes e sim o direcionamento que Jon Schaffer deu ao disco, o que poderia ser um clássico tornou-se algo excessivamente pretensioso e mediano.

A Charge To Keep (Wacken 2007)




Ten Thousand Strong




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A Banda

Jon Schaffer (Guitarra, Baixo e Teclados)
Tim Owens (Vocais)
Troy Steele (Guitarra)
Tim Mills (Guitarra)
Dennis Hayes (Baixo)
Brent Smedley  (Bateria)

Schaffer, Barlow, Steele, Smedley e Vidales

Após uma épica apresentação no Wacken Open Air em Agosto de 2007, no qual o Iced Earth foi um dos headliners, Schaffer cede as pressões e inicia conversas com Matt Barlow para articular seu retorno a banda, em Dezembro de 2007, os boatos foram confirmados, Tim Owens estava fora, e Barlow se encarregaria dos vocais da segunda parte de Something Wicked, que já estava quase todo gravado desde a conclusão da primeira parte.



The Crucible Of Man: Something Wicked Part 2 (2008)




A volta de Matt Barlow aumentou as expectativas dos fãs em relação ao vindouro registro, no estúdio  foi utilizado a mesma banda para gravar a parte instrumental, ficando apenas os vocais para serem refeitos, ou seja, dificilmente teríamos um resultado sensivelmente diferente do que ouvimos no antecessor.

E não deu outra, The Crucible Of Man é musicalmente mais fraco que Framing Armaggedon, inclusive com uma atuação apagada de Matt, que tem seus grandes momentos no disco mas não consegue nem de perto repetir as perfomances dos tempos de The Dark Saga e Something Wicked This Way Comes.


Apesar disso, não se trata de um álbum ruim ficando ao lado de Horror Show e de Framing Armaggedon como discos medianos com grandes momentos espalhados no decorrer de suas 15 faixas.

A épica intro In Sacred Flames é digna de aplausos seguida pela empolgante  Behold The Wicked Child, o ínicio promissor se perde em meio a dois interlúdios que não dizem muito ao ouvinte (Minions Of The Watch e The Revealing) após a esfriada no clima, a emblemática A Gift or a Curse? é um deleite aos ouvidos, com vocais certeiros de Barlow e uma levada de percussão circundada de ótimas guitarras acústicas e elétricas, experimentalismo na medida certa, combinado a um ápice típico do Iced Earth.

Continuando os bons momentos, I Walk Alone foi o primeiro single, e mostrou a banda revisitando seu auge com uma empolgante levada, de refrão fácil e explosivo. Habringer Of Fate engrena de vez com a dupla Schaffer/Barlow acertando o alvo, todos esperavam momentos como esse quando a parceria foi refeita, melodias que grudam na cabeça e muito feeling nas linhas vocais.

Entretanto, quando parceira que o disco ia deslanchar aparecem momentos mais mornos que emperram um voo mais alto, jogando a empolgação no chão. Só na absolutamente clássica  Come What May presenciamos a banda a todo vapor, definitivamente não brincaram em serviço, a referida faixa é a melhor canção das duas partes tornando-se um clássico absoluto da turma de Jon Schaffer, sete minutos de emoção e um grande trabalho de guitarras e do coro de voz perfeitamente encaixado.

Ao final de Crucible Of Man notamos que o potencial para um grande clássico existia mas os excessos derrubaram a qualidade, assim como em seu antecessor. Talvez se Jon juntasse os melhores momentos de cada disco, e adicionasse algumas das boas vinhetas e interlúdio, teríamos um único álbum de qualidade excelente ao invés de dois discos razoáveis e cansativos.

Live 2008




Ouça no Spotify



A Banda

Jon Schaffer (Guitarra, Baixo e Teclados)
Matt Barlow (Vocais)
Troy Steele (Guitarra)
Tim Mills (Guitarra)
Dennis Hayes (Baixo)
Brent Smedley  (Bateria)

Ao fim da turnê de The  Crucible Of Man, Matt Barlow se despede oficialmente do Iced Earth, o que acabou sendo muito bom para Jon Schaffer que se viu obrigado e redirecionar seus esforços para trazer sangue novo a banda, e principalmente, recolocar tudo nos eixos em termos de proposta sonora. 

A chegada do vocalista canadense  Stu Block foi essencial para os próximos passos vitoriosos do Iced Earth, mas isso fica para a última parte da discografia comentada.

Até Lá!