22 de ago. de 2014

Palpites Ultimate Fight Night 49 e 50

Galera, devido a agenda cheia da semana os palpites dos Ultimate Fight Night 49 e 50 serão feitos em resumo  voltaremos ao normal nas próximas edições.

Palpite UFN 49 Macau - Bisping x Le





Vencedores

Danny mitchell
Yang 
O'Reilly 
Woodley

Bisping

Palpites UFN 50 - EUA- Henderson x Dos Anjos





Vencedores

Lazaro
Holloway
Thales Leites
Mike Pyle 

Ben Henderson


19 de ago. de 2014

Test Time Review #9 - Nation (2001)




A estréia do Heavy Metal Brasileiro no Test Time Review é uma escolha peculiar, o polêmico e desafiador Nation do Sepultura lançado em 2001 em meio a um período conturbado na história da maior banda de Heavy Metal do Brasil.

A escolha do disco foi curiosa, queria falar de um registro de Metal nacional e ao mesmo tempo analisar algo menos óbvio, 13 anos depois, Nation ainda é visto com estranheza pelos fãs e simboliza o último disco da fase mais experimental do Sepultura que a partir de Roorback (2003) retoma uma sonoridade mais direta,  vale a pena conhecer e tirar suas próprias conclusões.

A Banda

Derrick Green (Vocal)
Andreas Kisser (Guitarra)
Paulo Xisto Jr (Baixo)
Igor Cavalera (Bateria e Percussão) 

O Contexto

A saída de Max Cavalera em 1996 e o lançamento de Against (1998) transformaram o outrora sucesso absoluto da banda entre o fim dos 80's e meio dos 90's em um período de incertezas e mudanças.

Por sua vez nos anos 2000 a música pesada vivia um turbilhão de estilos, o New Metal e o Hardcore estavam em alta nos Estados Unidos, a Europa e América do Sul viam a polarização de Power Metal, Death Metal Melódico e Black Metal, nesse cenário nomes mais veteranos foram pressionados a  buscar uma volta as raízes para conservar seu público, mas o Sepultura queria seguir seu próprio caminho.

Nation foi uma resposta ousada para o mercado da música, mas o fantasma do sucesso do Soulfly de Max Cavalera fizeram com que a gravadora Roadrunner abandonasse o projeto em favor da banda do ex-líder do Sepultura.


As Impressões do passado

Nation não é um álbum convencional, é temático, no caso o nascimento de uma nação fictícia, trazia um conceito complexo e ambicioso, era uma tentativa de mostrar que a banda podia viver sem Max e ainda mostrar ao mundo a capacidade criativa e inovadora que marcou álbuns como Chaos A.D e Roots.

As influências Hardcore e batidas tribais deram o tom no disco, o padrão sonoro privilegia os grooves pesados e as guitarras se espalham com muitas palhetadas e distorções, a estrutura de riffs sobre riffs e solos rápidos não aparecem por aqui, o Sepultura mergulhou de cabeça nos experimentos.Eu mesmo estranhei muito a orientação musical na época.

Mesmo assim a assinatura do Sepultura era mantida em sua essência pesada e visceral, tudo está muito "na cara do ouvinte" a bateria de Igor precisa e carregada de batidas furiosas, Andreas Kisser expandiu sua atuação com arranjos mais ousados e Paulo aparece mais que nos discos anteriores com muitos efeitos no baixo.

Derrick por sua vez dividia os fãs, o estilo mais cantado, com gritos extremos é bem diferente dos urros furiosos de Max, apesar das críticas o trabalho do americano é competente e traz muita identidade para o disco.

Sepulnation despontou como primeiro clássico da então nova formação, ecoando os tempos de Roots com seu groove cativante, é o cartão de visitas de Igor, os 56 segundos de Revolt explodem a cabeça do ouvinte de forma raivosa, e Border Wars é um Hardcore tribal feroz.

One Man Army teria um video clipe, esse cancelado pela gravadora, a música tinha potencial para sucesso, os vocais de Derrick se alternam entre limpos e agressivos, e as guitarras de Andreas despejavam peso, outro grande momento de Nation.

O álbum é extenso e os experimentos aparacem com freqüência como em The Ways Of Faith mescla passagens acústicas com distorções, Politircks abre espaço para os vocais declamados de Jello Biafra junto com os urros de Derrick Green.

A acústica e interessante Water prepara terreno para Valtio, o hino da nação fictícia, com participação do quarteto Apocalyptica, uma grande faixa que encerra o disco de forma espetacular.

Como o álbum envelheceu?

Nation vendeu mais de 50 mil cópias no Brasil, ganhando disco de ouro, o debut da turnê foi no Rock In Rio 3, na noite que ainda tinha Halford e Iron Maiden no palco mundo, toda a visualização gerada prometia uma nova explosão do Sepultura, que não ocorreu.

Musicalmente o disco é difícil de digerir até hoje, complexo e recheado de detalhes acabou afastando quem esperavam retorno aos tempo de Arise, ao mesmo tempo que a sonoridade de vanguarda não se encaixava exatamente nos padrões da indústria naquele momento, prejudicando a exposição da banda para um público novo.

Sem apoio da gravadora e com boa parte dos fãs reclamando, Nation é um retrato de um período único do Sepultura, a banda, outrora unanimidade buscava uma forma de sobreviver sem apelar para uma reunião forçada.

O tempo foi um aliado de Nation, que soa melhor hoje do que em 2001, o fato de perceber que ainda podemos ouvir ecos dessa fase nos discos mais novos da banda é um indicio do legado, mesmo o Sepultura voltando a soar mais direto e pesado nos discos posteriores, Nation viabilizou novos conceitos líricos e sonoros, valeu a experiência.



Sepulnation





Valtio


Track List

  1. Sepulnation
  2. Revolt
  3. Border Wars
  4. One Man Army
  5. Vox Populi
  6. Ways Of Faith
  7. Uma Cura
  8. Who Must Die?
  9. Saga
  10. Tribe To A Nation
  11. Politricks
  12. Human Cause
  13. Rejection
  14. Water
  15. Valtio

15 de ago. de 2014

Palpites UFC Fight Night 48 - Bader x St Preux





Após uma parada de algumas semanas o UFC volta para a temporada do segundo semestre que promete grandes combates, para aquecer os fãs do MMA, o maior evento do mundo volta aos Estados Unidos e coloca dois bons nomes dos meio pesados para se enfrentarem, Ryan Bader e Ovince St Preux brigam para melhorar suas poisções no ranking e futuramente almejar uma disputa pelo cinturão.

Vamos aos palpites do card principal do evento.

Thiago Tavares (18-5-1) vs. Robbie Peralta (18-4, 1 NC) => Palpite: Peralta vence.

Shawn Jordan (15-6) vs. Jack May (7-1)
=> Palpite: Shawn Jordan vence.


Seth Baczynski (19-11) vs. Alan Jouban (9-2)=> Palpite: Baczynski vence.


Tim Boetsch (17-7) vs. Brad Tavares (12-2)=> Palpite: Brad Tavares vence.

Gray Maynard (11-3-1, 1 NC) vs. Ross Pearson (15-7)=> Palpite: Pearson vence.

Ryan Bader (17-4) vs. Ovince St. Preux (16-5)=> Palpite: Ryan Bader vence.





7 de ago. de 2014

Mastodon - Once More 'Round The Sun




Nota: 9,5

Quando os primeiros acordes de Tready Lightly surgem já notamos que o Mastodon não estava para brincadeiras, o peso e a intensidade acompanhados da complexidade dos arranjos mostram para o mundo que o quarteto americano está mais forte do que nunca.

Sim, caro leitor, estamos diante de uma das melhores bandas de Heavy Metal da atualidade, outrora o som pesado e pouco acessível (mas não menos genial) foi ganhando em melodias e refrães marcantes,  o disco anterior The Hunter abriu a estrada para um Mastodon mais direto, e Once More 'Round The Sun acelerou nesse caminho, The Motherload é a música símbolo dessa nova fase, e que música! Um dos sons mais legais de 2014, clássico instantâneo.

Falar da habilidade de Brent Hinds e Bill Kelliher nas guitarras é um prazer para quem gosta de som pesado, dupla entrosado que dispara riffs como metralhadoras e acertam nos solos e harmônias, High Road mostra isso com clareza, riffs sabbathicos, grooves pesadíssimos de Troy Sanders no baixo, ele também faz bem o trabalho vocal, com assinatura própria.

Muitos podem falar que o Mastodon suavizou demais sua sonoridade, de fato, o já clássico Leviathan é um disco bem mais pesado, a faixa título coloca essas diferenças em primeiro plano, apesar de pesada tem nas melodias marcantes seu forte, e convenhamos o que o baterista Brann Dailor toca é impressionante, viradas precisas e andamentos variados tudo com pegada e técnica.

Chimes At Midnight é intensa com uma letra cheia de simbolismos, típico dos caras, os vocais nervosos de Sanders e Hinds combinam bem, e o instrumental afiadíssimo dá conta do recado. Asleep In The Deep aprofunda viagem dos tempos do progressivo Crack The Skye, andamentos quebrados e um arranjo vocal perfeito Hinds, Sanders e Dailor contrapõe as vozes com perfeição.

Sem se acomodar o Mastodon procurou colocar um grande material no mercado, tanto que chegamos a metade do disco rapidamente e a trinca Feast Your Eyes, Aunt Lysa e Ember City mantém o ritmo, três faixas recheadas de arranjos complexos, grandes músicos fazendo grandes músicas.

Halloween começa com uma guitarra tímida seguida pelo baixo alucinante de Troy Sanders, Brann Dailor desponta com sua bateria sempre complexa mas funcional, toca demais, Dailor e Sanders formam uma dupla de gigantes no ritmo.

Fechando esse grande registro temos a atmosférica Diamonds In The Witch House, arrastada e caprichada nos efeitos de voz demonstrando que o Mastodon é pretensioso e compõe para isso, conseguem soar grandiosos sem ser chato e enfadonho.

Grande disco, empolgante e surpreendente, dê uma folga aos dinossauros do Metal e ouça a nova safra, o Mastodon é o  maior representante dos novos e bons tempos do estilo.

Compre sem pensar!



High Road


The Motherload



Once More 'Round The Sun (2014)

  1. Tready Lightly
  2. The Motherload
  3. High Road
  4. Once More 'Round The Sun
  5. Chimes At Midnight
  6. Asleep In The Deep
  7. Feast Your Eyes
  8. Aunt Lysa
  9. Ember City
  10. Halloween
  11. Diamonds In The Witch House

A Banda

Troy Sanders (Baixo,Vocais e Teclados)
Brent Hinds (Guitarra e Vocais)
Bill Kelliher (Guitarra e Vocais)
Bran Dailor (Bateria e Vocais)


4 de ago. de 2014

Judas Priest - Redeemer Of Souls




Nota: 6,00

Pois é, as lendas envelhecem, grandes bandas que  lançaram grandes clássicos e cravaram seus nomes na história também escorregam de vez em quando, seja com discos menos inspirados ou aqueles que ousam fora de seus domínios.

O  Judas Priest é  um exemplo disso, gigante,  já soltou clássicos imortais, discos bons, razoáveis e até algumas tralhas, mas nunca se acomodou, tanto que em meio a sua vasta discografia existem alguns álbuns que geraram polêmicas devido a sua ousadia.

A nova empreitada da banda acontece agora em 2014, o disco que levou um bom tempo para ser finalizado e trouxe de volta o Heavy Metal puro e direto que consagrou os ingleses.

Redeemer of Souls tem como novidade Richie Faulkner (estreando em gravações) que substituiu KK Downing em uma das guitarras, o que não é pouca coisa, e críticas a parte o fez muito bem, as guitarras soam boas e o entrosamento com Glenn Tipton é notável, o grande ponto forte do disco.

Rob Halford sente o peso da idade mas continua um grande vocalista sabendo adaptar ao tempo e dando conta do recado, a consistente sessão rítmica com Ian Hill no baixo e o monstro Scott Travis na bateria fizeram a lição de casa, mas a produção acabou com os graves prejudicando o trabalho feito.

Musicalmente o álbum segue Angel Of Retribution, um disco menos Painkiller, mais próximo do Heavy Metal com alguns toques Hard Rock dos grandes clássicos como Screaming For Vengeance e Defenders Of The Faith, porém a similaridade fica na estética sonora, o resultado não alcança tal marca, o que é compreensível.

Após uma breve intro Dragonaut começa com um grande riff e viradas de bateria típicas de Scott Travis, uma boa abertura que empolga, Redeemer Of Souls vem na seqüência trazendo muito do Priest de Angel Of Retribution, outra boa música com um refrão marcante.

Com Halls Of Valhalla o Priest embala forte, pegando carona em mais um grande riff e nos vocais bem colocados do Metal God,  música vibrante ecoando o Metal Clássico, incluindo os clichês, que nesse caso é bem vindo, tais quais o duelo das guitarras  e a letra bobinha. Na trinca inicial eles mostraram serviço.

Mesmo com um bom inicio a qualidade da gravação incomoda, Sword Of Democles sofre com um timbre de guitarra esquisito e com um som de bateria que parece uma demo. Qualidade de gravação a parte a música tem uma boa dose de peso impulsionado pelos bumbos de Scott Travis. March Of The Dammed brilha com sua pegada Hard Rock embalada pelas guitarras inspiradas da nova dupla Tipton/Faulkner, se a composição brilha por resgatar o Priest do incio dos 80's a produção borra o resultado com sua qualidade duvidosa.

Sem sair do lugar comum a dupla Down In Flames e Hell & Back entregam o que o fã quer ouvir, um som puro do Judas Priest, mas convenhamos eles podem fazer melhor.

Com metade do disco rodando percebi o que mais me incomodou foi a falta de intensidade de impacto das composições, Cold Blooded é o símbolo dessa falta de energia, mesmo com boas idéias é insossa, Metalizer vem pesada mas com uma qualidade sonora pífia, de onde tiraram esses timbres de guitarra?

Crossfire retoma a pegada Hard Rock e traz mais oxigênio para o disco, Secrets Of The Dead é arrastada com um boas harmonias das guitarras e uma quebrada de tempo interessante no andamento, uma música mais complexa e interessante.

Retmomando o som tradicional Battle Cry vem embalada pela pegada forte na bateria de Scott Travis, Halford brilha com suas linhas vocais bem encaixadas e Tipton e Faulkner mostram serviço com a parede de guitarras. Begining Of The End encerra o track list regular de maneira serena.

O disco Bônus começa com a bem sacada Snakebite,  e dá-lhe mais ecos do Priest Hard Rock,  Tears Of Blood acena para o metal com guitarras em profusão, Creatures é um b-side inofensivo e Bring It On é mais descontraída e calcada na simplicidade o que é um alento para quem teve que digerir Nostradamus e sua pretensão inútil,  a balada sem graça Never Forget fecha o disco bônus.

O Judas Priest até acertou em boa parte das composições, são 18 faixas contando o bônus, mas a qualidade da gravação e dos timbres foram desastrosos. Roy Z poderia ter sido recrutado como em 2005, ele entregaria um resultado bem superior e conseguiria organizar a escolha das faixas.

Talvez seja hora da banda repensar sua carreira.




Dragonaut




March of The Dammed






Redeemer Of Souls (2014)

  1. Dragonaut
  2. Redeemer Of Souls
  3. Halls Of Valhalla
  4. Sword Of Democles
  5. March Of The Dammed
  6. Down In Fames
  7. Hell & Back
  8. Cold Blooded
  9. Metalizer
  10. Crossfire
  11. Secrets Of The Dead
  12. Batlle Cry
  13. Begining Of The End
Disco 2 (bônus)
  1. Snakebite
  2. Tears Of Blood
  3. Creatures
  4. Bring It On
  5. Never Forget

A Banda

Rob Halford (Vocal)
Glenn Tipton (Guitarra)
Richie Faulkner (Guitarra)
Scott Travis (Bateria)
Ian Hill (Baixo)