31 de jul. de 2014

Test Time Review #8 - Blackbird (2007)






O mais legal de fazer o Test Time Review é analisar como a nossa percepção sobre alguns discos vão se modificando ao longo do tempo. Aquilo que soava excelente passa a ser comum, outros eram renegados e acabam figurando entre os prediletos, mas existe um seleto grupo que permanecem exatamente como eram após a primeira audição, no caso de Blackbird do Alter Bridge, ele continua o mesmo, sem tirar nem pôr, ou seja, fantástico!

A Banda

Myles Kennedy (Vocal e Guitarra)
Mark Tremonti (Vocal e Guitarra)
Scott Phillips (Bateria)
Brian Marshall (Baixo)


O Contexto

Após a separação do Creed, Tremonti, Phillips e Marshall recrutaram Myles Kennedy e com boa parte do material escrito  entre 2001 e 2004 gravam o debut One Day Remains (2004), o  material em questão era bom e tinha muito potencial para emplacar vários hits mas ouvidos mais atentos percebiam mais guitarras, linhas de vocais mais altas e ousadas e uma cozinha bem mais pesada, uma nova estrada foi aberta, uma  ponte alternativa descoberta (como Tremonti justificou o nome da nova banda na época).

Os problemas com a antiga gravadora Wind Up atormentaram a banda que havia conquistado boas vendagens no debut  e acabou ficando presa em uma briga judicial culminando em três anos de atraso para o segundo disco, após rescindirem o contrato com a antiga gravadora, assinaram com a Universal.

Então Blackbird é lançado em 2007 aprofundando as mudanças sonoras já em curso.

As impressões do passado

Quando coloquei Blackbird para tocar simplesmente não acreditei no que estava ouvindo, mesmo percebendo que a banda já carregava uma veia mais pesada e menos comercial  em One Day Remains se comparado ao Creed, entretanto, os caras se soltaram das amarras e compuseram um disco pesado, intenso e sem medo de fletar com o Heavy Metal.

Ties That Bind simboliza a quebra das amarras, tanto pelo título quanto pela sonoridade, impossível não vibrar com as eloqüentes guitarras que duelam em melodias cortantes, riffs pesados e solos (MUITOS solos) dentro da mesma canção.

A diversidade dos arranjos criou uma atmosfera única, o peso dos grooves de Come To Life, a power ballad comercial e sensacional Brand New Start (a música que mais ouvi nos últimos anos) junto com a intensa Coming Home constroem a base de um disco forte, diversificado e inspirado.

A faixa título, Blackbird, é um épico de 7 minutos, uma faixa emocional com uma letra que se refere a perdas em nossas vidas (homenagem a um falecido amigo de Myles), aqui encontramos a melhor interpretação do vocalista e um solo muito inspirado.

Falar da atuação dos músicos é uma tarefa agradável, Mark Tremonti, Brian Marshall e Scott Phillips ficavam escondidos no Creed, já citei isso em outras resenhas da banda, em Blackbird eles transbordam competência, sim os três tocam demais, gostem ou não do passado dos caras.

Myles Kennedy canta alto com brilho e personalidade, além de compor bons riffs e dividir as guitarras com Tremonti, era a peça que faltava para essa engrenagem, um grande talento surgiu para um público maior.

Como o álbum envelheceu?

Blackbird já tem 7 anos e continua soando muito bem, a proposta de fazer um som pesado e complexo, com traços de rock alternativo recheado de solos e riffs de bom gosto mostrou  o caminho que a banda deveria seguir. 

Comercialmente Blackbird não foi tão bem no mercado americano quanto One Day Remains que chegou ao disco de ouro, mas abriu duas portas importantes na carreira da banda, a primeira, mostrou um caminho sonoro que foi muito bem explorado nos aclamados AB III e Fortress, a segunda, conquistou o mercado europeu lotando arenas e vendendo bem no velho continente. Após esse disco o Alter Bridge vem crescendo mundialmente e retomou bom espaço no mercado americano.

O legado artistico valioso do segundo disco  virou referência e para muitos fãs Blackbird é o melhor registro dos caras, eu prefiro não afirmar isso, mas com certeza foi a partir dele que o Alter Bridge enterrou a estigma de "ex-Creed" e consagrou seu estilo, de quebra revelou Myles Kennedy para o grande público.

Se você nunca ouviu Blackbird não sabe o que está perdendo.

Brand New Start (Live in London)




Blackbird




Track List

  1. Ties That Bind
  2. Come To Life
  3. Brand New Start
  4. Buried Alive
  5. Coming Home
  6. Before Tomorrow Comes
  7. Rise Today
  8. Blackbird
  9. One By One
  10. Watch Over You
  11. Break Me Down
  12. White Knuckles
  13. Wayward One
  14. We Don't Care At All*
*faixa bônus

30 de jul. de 2014

Adrenaline Mob - Men Of Honor




Nota: 8,00

O Adrenaline Mob despontou em 2012 como um super projeto que continha em suas fileiras dois grandes nomes do Prog Metal, Mike Portnoy (ex-Dream Theater) e Russell Allen (Symphony X) mas a proposta deles era fazer algo diferente dos seus respectivos históricos musicais, mais simplicidade aliado ao som pesado e recheado de grooves e boas sacadas nas melodias, com a adição do guitarrista Mike Orlando gravaram o aclamado debut Omertá.

Após o EP de covers Covertá, Portnoy se dedicou ao The Winery Dogs, Russel Allen e Mike Orkando efetivaram o baixista John Moyer (Disturbed) e o veterano AJ Pero na bateria (Twisted Sister) com um time que mescla experiência e ousadia gravram o segundo álbum, Men Of Honor.

A intensidade do debut foi mantida, mas as composições mais diretas casaram bem com a mistura de Heavy Metal e  Hard Rock praticado anteriormente, impossível não destacar Russell Allen, grande técnica de drives e uma voz potente dotada de um timbre único.

Mike Orlando, John Moyer e AJ Pero formam uma sessão instrumental de calibre, riffs com palhetadas alternadas, solos inspirados nas guitarras, a cozinha carrega todo o balanço e ditam o ritmo como manda nos manuais dos grandes discos do gênero.

Impossível não pular da cadeira quando a bateria enfurecida de AJ dá inicio a  Mob Is Back, um cruzado que pega na orelha do ouvinte como um soco do Vitor Belfort. Sem tempo para distração a máfia chefiada por Russell Allen entrega Come On Get Up, logo na segunda faixa a melhor música do disco, refrão grudento e guitarras inspiradas de Mike Orlando.

A grande diversidade das composições cativa o ouvinte, a acessível e empolgante Dearly Departed tira um pouco o pé num hard rock mid tempo e é seguida pela balada bem arranjada Behind These Eyes, mostrando toda a qualidade de Allen.

Embalada pelas linhas de baixo de John Moyer, Let It Go poderia estar em um disco do Disturbed, bateria marcada, vocais ferozes e guitarras distorcidas, Feel The Adrenaline justifica o título, AJ carrega a banda em seus bumbos e viradas explosivas, destaque para o solo alucinante de Mike Orlando, grande guitarrista.

A introdução acústica de Men Of Honor abre espaço para o groove metal vigoroso com vocais raivosos, o refrão é melodioso e fácil, uma combinação perfeita, Crystal Clear é uma balada acústica com um grande arranjo vocal, Allen é um dos vocalistas mais competentes em atividade.

Finalizando esse grande registro House Of Lies vem pesada com a dupla Orlando e Moyer socando peso, Judgment Day tem vocais Russell Allen e Mike Orlando dividindo vocais lembrando o som gordurento e pesado do Black Label Society,  Fallin To Pieces fecha o disco de maneira descontraída, uma power ballad com um grande solo de guitarra.

Portanto quem achava que o Adrenaline Mob dependia de Mike Portnoy para sobrevier tem motivos para comemorar, a banda vive muito bem, soa forte e coesa. 

Confiram!

Come On Get Up



Men Of Honor (2014)


  1. Mob Is Back
  2. Come On Get Up
  3. Dearly Departed
  4. Behind These Eyes
  5. Let It Go
  6. Feel The Adrenaline
  7. Men Of Honor
  8. Crystal Clear
  9. House Of Lies
  10. Judgement Day
  11. Fallin To Pieces

A Banda

Russell Allen (Vocal)
Mike Orlando (Guitarra e Vocais)
John Moyer (Baixo)
AJ Pero (Bateria)

29 de jul. de 2014

Resultados UFN 45, UFN 46 e UFC ON FOX 12

Uma avalanche de eventos aconteceu nesse mês de Julho após Weidman x Machida, e apesar de serem considerados cards intermediários tivemos grandes lutas e novos nomes surgindo para ameaçar os atuais campeões.

Consolidei os resultados dos 3 eventos nesse post.

Utimate Fight Night 45 - Cerrone x Miller

Grande apresentação do Cowboy Donald Cerrone, com uma trocação afiada e boa movimentação colocou o duro Jim Miller na roda com chutes na linha de cintura e jabs precisos frustrando suas tentativas de queda. 

Cerrone percebeu que Miller estava minado no segundo round e usou mais uma vez seus potentes chutes levando o adversário a nocaute técnico. Donald Cerrone deu um passo importante na divisão dos leves.


Chutes bem aplicados na linha de cintura



Os Brasileiros John Lineker e Edson Barbosa fizeram o dever e venceram seus adversários por TKO.

Resultado dos palpites UFN 45: 4 Acertos(John Lineker, Joe Proctor, Rick Story e Edson Barbosa) e 2 Erros ( Lucas Martins e Donald Cerrone)



Ultimate Fight Night 46 - McGregor x Brandão

Conor McGregor é uma das promessas do UFC, o Irlandês lutou em casa e não decepcionou com um jogo ajustado de trocação, boas defesas de queda anulou o jogo de Diego Brandão e garantiu o TKO ainda no primeiro round. McGregor vem crescendo no UFC.

Boxe afiado do Irlandês

Outro destaque foi o Islandês Gunnar Nelson que suportou a pressão de Zakk Cummings no primeiro round e finalizou seu adversário na etapa seguinte com um mata leão justo após uma excelente transição pelas costas.

Nelson grampeado nas costas de Cummings
Resultado dos palpites UFN 46: 4 Acertos(Norman Parke, Ian McCall, Gunnar Nelson e Conor Mcgregor) 0 Erro

UFC ON FOX 12 - Lawler x Brown

Duelo de dois lutadores aguerridos, Lawler  renasceu no UFC após anos de alternância no Strikeforce, mesmo perdendo numa luta muito equilibrada para Johnny Hendricks, Lawler lutou e venceu Matt Brown na decisão dos juízes, em combate muito movimentado, ambos foram até o limite nos cinco rounds. 

Robbie Lawler vai ter sua revanche pelo cinturão e Matt Brown apesar da derrota saiu fortalecido e pode disputar o cinturão no futuro.

Mãos pesadas de Lawler


Rogério Minotouro foi atropelado por Anthony Johnson aos 44 segundos do primeiro round.

Resultado dos palpites UFC ON FOX 12: 2 Acertos(Anthony Johnson e Robbie Lawler) 2 Erros (Bobby Green e Dennis Bermudez)

Placar Geral 65 acertos 33 Erros = 66,3% de Acerto


25 de jul. de 2014

Palpites UFC ON FOX 12 - Lawler x Brown





Da Irlanda para os Estados Unidos novamente o UFC continua sua jornada global para expandir o MMA, parando na California o maior evento do mundo coloca frente a frente dois lutadores que forma muito contestados no passado mas com muita dedicação, garra e disposição lutam por uma vaga para disputar o cinturão dos meio médios, estou me referindo a Robbie Lawler e Matt Brown que prometem um grande combate.

Ainda teremos o retorno de Rogério Minotouro contra Anthony Johnson, mais um bom combate para agitar o card.

Vamos aos Palpites do card principal.

(vale lembrar que estou devendo os resultados dos dois eventos anteriores, publicarei juntamente com este na semana que vem)



Josh Thomson (20-6) vs. Bobby Green (22-5) => Palpite: Josh Thomson vence.

Clay Guida (31-14) vs. Dennis Bermudez (13-3)=> Palpite: Clay Guida vence.

Anthony Johnson (17-4) vs. Antonio Rogerio Nogueira (21-5)=> Palpite: Anthony Johnson vence.

Robbie Lawler (23-10, 1 NC) vs. Matt Brown (19-11) => Palpite: Robbie Lawler vence.


23 de jul. de 2014

Discografia Comentada: Black Country Communion (2010-2013) - Parte I

"— Seção nova no It's ­­Electric?"

Você deve estar se perguntando ... Então... sim.

A Discografia Comentada é um "projeto" antigo do Júlio e que resolvemos "abrí-la" com essa grande banda, o Black Country Communion, banda liderada pelo "vou chover no molhado ao elogiar o" Glenn Hughes.

Analisaremos aspectos de sua obra, porém, indo além de um material, e expandido por sua discografia, espaçamento entre os discos, mudanças de lineup, momento atual, enfim ... Não será tão minuciosa quanto seria um review de um disco individual, mas ver a obra de forma "macro", observando alguns detalhes. 

É nesse sentido que o Black Country Communion encaixa-se bem, acompanhamos seu nascimento, seu reconhecimento instantâneo, seus problemas, dos quais  resultaram em seu precoce fim (infelizmente).


O Embrião


Kevin "Caveman" Shirley (Rush, Iron Maiden, Dream Theater), renomado produtor, aparentemente foi o mentor do grupo, já que, após assistir uma apresentação de Joe Bonamassa, um já reconhecido guitarrista de blues da "nova geração". com qual o ele já tinha trabalhado em seus trabalhos solo.

Na apresentação houveram vários músicos convidados, porém a apresentação com um certo baixista/vocalista chamou a atenção do "Caveman". Sim, após ver Glenn Hughes (ex-Deep Purple/Black Sabbath) tocando com Bonamassa, percebeu que poderia sair coisa boa daí...


Bonamassa/Hughes em apresentação INCRÍVEL no Guitar Center's King of The Blues, de 2009. "Medusa" do segundo disco do Trapeze de 1970, da primeira banda de Glenn Hughes.

O Começo


Anúncio do debut que movimentou 2010

A idéia inicial era haver um "Power-trio", e para completá-lo foi convidado o "já toquei em trocentas bandas, e ainda sou filho do "homi"" Jason Bonham (Led Zeppelin, ex-UFO/Foreigner), filho do lendário John Bonham (Led Zeppelin).

Porém, a idéia de apenas 3 membros não "satisfez" Joe Bonamassa, achando que tava faltando "algo", para isso,  chamou seu amigo Derek Sherinian (ex-Dream Theater/Kiss/Alice Cooper/Yngwie Malmsteen) para os teclados.

Depois de um cartel desse, já posso comentar que o Black Country* seria mais uma SUPERBANDA, né?

*O nome vem do bairro industrial de onde Hughes e Bonham vieram. Posteriormente, mudaram o nome para Black Country Communion, devido ao detentor do nome (já havia uma banda com esse nome) exigir 500 pila para ceder o nome.

Bonamassa, Sherinian, Hughes, Kevin "Caveman" Shirley e Jason Bonham


Prazer, Black Country!
Apresentação surpresa da banda, durante show de Joe Bonamassa. "One Last Soul" estaria no vindouro debut.



O Disco



2010

"Bom, o que é o Black Coutnry Communion (o som)?"

Pode-se dizer que foi o "I'm back, bitches!" do Glenn Hughes, voltou ao hard rock setentista que o consagrou, aliás, esse toque "vintage" pode ser percebido na produção do disco. Como o mesmo disse: "Somos o Cream/Led Zeppelin dos dias atuais". E acredite, não é exagero dele.

Mas não pense que a banda soa datada não, conseguiu mesclar elementos característicos de todos os envolvidos, misturados a essa proposta. E no disco tem de tudo um pouco, coisas mais agressivas (vide o riff de baixo de Black Country, que abre o álbum), algo mais groovado (como The Great Divide), andamentos um pouco mais rápidos (Beggarman), a intensa e orquestrada Song of Yesterday, inclusive com Bonamassa dividindo os vocais.  E o destaque final para Too Late For The Sun  progressiva/virtuosa, mostrando uma jam com solo de todos os instrumentos (além da raiz "bluesística" de Bonamassa).

Enfim, comentar sobre seus integrantes, individualmente falando, seria redundante. O interessante disso tudo é como os 4 casaram bem e conseguiram entregar um material primoroso e OBRIGATÓRIO para qualquer um fã de Hard Rock/Rock da década de 60/70.

Com o sucesso repentino de crítica e público, pode-se dizer que a banda já "chegou chegando" e naturalmente haveria um segundo disco, mas que estaria por vir? Essa vai ficar para segunda parte da análise.

Veremos se a banda capitaneada Hughes/Bonamassa consegue repetir o mesmo petardo, e de que forma o sucesso instantâneo influênciou em seu material seguinte.



Black Country Communion

  1. Black Country
  2. One Last Soul
  3. Great Divide
  4. Down Again
  5. Beggarman
  6. Song Of Yesterday
  7. No Time
  8. Medusa
  9. The Revolution In Me
  10. Stand (At The Burning Tree)
  11. Sista Jane
  12. Too Late For The Sun

20 de jul. de 2014

Top 10 músicas de Rock e Metal 2014 até agora

Esse ano de 2014 tem sido bem interessante para quem gosta de um som movido a guitarras, preparei uma lista de 10 músicas lançadas até agora, todas de artistas diferentes, uma boa oportunidade para quem quer ouvir novidades. 

Divirtam-se e opinem!

Vale destacar que o Playlist está hospedado no Rdio.


  1. The Fateful Dark - Savage Messiah
  2. Plagues Of Babylon - Iced Earth
  3. No Turn At All - Noturnall
  4. Come On Get Up - Adrenaline Mob
  5. KIllers & Kings (Demo Version) - Machine Head
  6. The Motherload - Mastodon
  7. Burn The Serum - Kyng
  8. Good Things - Rival Sons
  9. Midnight Oil - California Breed
  10. Lazaretto - Jack White


19 de jul. de 2014

California Breed - California Breed





Nota: 9,00

Das cinzas do Black Country Communion, banda formada por Glenn Hughes, Joe Bonamassa, Derek Sherenian e Jason Bonham, surge o power trio California Breed, Hughes no baixo e vocais, Bonham na bateria  e o novato Andrew Watt nas guitarras mostram serviço em sua estréia.

A sonoridade do California Breed é sensivelmente diferente do BCC e sua veia Zeppeliana, aqui temos um hard rock mais direto e cru com toques de soul music e pegada mais funkeada, nem melhor nem pior, simplesmente outra proposta.

A produção assinada por Dave Cobb e Mark Petaccia (Rival Sons) colabora com o jeitão mais despojado e barulhento do trio, Glenn Hughes continua com a voz afiada e mandando seus grooves no baixo, Jason Bonham aparece mais solto , mostrando a pegada que está em seu DNA espancando as peles de sua bateria, Andrew Watt é uma jovem revelação das guitarras, com um estilo puxado para Jimmy Hendrix é um dos destaques, com riffs e harmonias poderosas e solos com uma veia bluseira.

O mais legal do California Breed é a capacidade de soar atual mesmo com uma proposta de Hard Rock setentista em seus timbres, a pesada The Way abre o debut com um grande pé na porta, riff pesado de guitarra com grooves do baixo e bateria ditando o ritmo. Música forte e contagiante.

Melodiosa e grudenta, Sweet Tea foi o primeiro single que saiu antes do lançamento, refrão caprichado e guitarras alucinadas de Watt, toca muito e sabe se destacar sem ofuscar as melodias e o conjunto. 

Aliás Hughes, Bonham e Watt se entenderam bem, alternando como destaques nas músicas,Chemical Rain evoca ecos do BCC com a pegada mais épica e as grandes melodias vocais mostrando o que o mundo já sabe, Hughes é um ícone do rock, Midnight Oil explode nos alto falantes com um grande riff e uma levada de bateria cavalar de Jason Bonham, a melhor faixa do registro, Hard Rock puro e envolvente.

A cada faixa notamos que grandes discos de rock como este não precisam ser demasiadamente pretensiosos e All Falls Down prova isso, uma balada com influências de Soul, um grande arranjo das guitarras combinado com um refrão fácil sem cair na monotonia, outro grande destaque do disco. The Grey mostra a vocação "garageira" da produção, guitarras cuidadosamente espalhadas na mixagem, bateria seca e direta e vocais ríspidos, sonzeira poderosa.

A arrastada Days They Come continua com a proposta despojada, simples e eficiente, Spit You Out traz a tona o Glam Rock de nomes como Sweet, com melodias mais festeiras e letras bem ácidas, Hughes e Watt trabalham bem no baixo e na guitarra por aqui.

O disco flui bem e rapidamente chega na parte final embalado pela mistura de guitarras elétricas e acústicas de Strong, a distorcida Invisible poderia estar em qualquer disco do BCC, assim como a funkeada Scars caberia em um disco do Deep Purple da Mark IV, grande solo de Andrew Watt.

Breath fecha o track list regular de forma semi acústica intimista, destaque para a voz magnifica de Glenn Hughes,  o disco acaba mas deixa uma ótima porta aberta para um segundo registro que será muito bem vindo.

Se você gosta de rock, curte boas melodias e aprova uma produção mais direta e despojada esse é O disco. California Breed começou muito bem. 

*Recomendo a versão dupla, belíssimo digipack com DVD de bastidores das gravações. 



Sweet Tea




Midnight Oil



California Breed (2014)

  1. The Way
  2. Sweet Tea
  3. Chemical Rain
  4. Midnight Oil
  5. All Falls Down
  6. The Grey
  7. Days They Come
  8. Spit You Out
  9. Strong
  10. Invisible
  11. Scars
  12. Breathe
  13. Solo
A Banda

Glenn Hughes (Vocal e Baixo)
Andrew Watt (Guitarra e Backing Vocals)
Jason Bonham (Bateria)


18 de jul. de 2014

Palpites UFC Fight Night 46 - McGregor x Brandão



Depois de um bom evento nos Estados Unidos o UFC vai até a Irlanda em mais um evento com nomes da nova geração do MMA, além de Conor McGregor e Diego Brandão teremos o embate entre duas revelações dos meio médios, Gunnar Nelson e Zakk Cummings.

Vale lembrar que o evento rola sábado a tarde no horário de Brasilia uma vez que a luta ocorre na Europa.

Os Resultados das edições 45 e 46 serão comentados no próximo post.


Palpites do Card Principal


Norman Parke (19-2-1) vs. Naoyuki Kotani (33-10-7)=> Palpite: Norman Parke vence.

Brad Pickett (24-8) vs. Ian McCall (12-4-1)=> Palpite: Ian McCall vence.

Gunnar Nelson (12-0-1) vs. Zak Cummings (17-3)=> Palpite: Gunnar Nelson vence.

Conor McGregor (14-2) vs. Diego Brandao (18-9)=> Palpite: McGregor vence.

15 de jul. de 2014

Palpites UFC Fight Night 45 - Cerrone x Miller




O UFC tem mais um evento de médio porte esse mês, Cerrone x Miller marca o encontro de dois top 10 da divisão dos pesos leves, ambos são talentosos e a tempos buscam o cinturão, porém sempre falham em lutas eliminatórias ao title shot. É chance de ambos entrarem de vez pela briga do ouro.

Apesar de nenhum medalhão no card, o evento promete movimentar a quarta-feira dos fãs de MMA.

Vamos aos palpites do card principal




Lucas Martins (14-1) vs. Alex White (10-0) => Palpite: Alex White vence.

John Lineker (23-7) vs. Alptekin Ozkilic (9-2) => Palpite: John Lineker vence.

Justin Salas (12-5) vs. Joe Proctor (9-2)=> Palpite: Joe Proctor vence.

Rick Story (16-8) vs. Leonardo Mafra (11-1)=> Palpite: Rick Story vence.

Edson Barboza (13-2) vs. Evan Dunham (14-5) => Palpite: Edson Barbosa vence.

Donald Cerrone (23-6, 1 NC) vs. Jim Miller (24-4, 1 NC)=> Palpite: Jim Miller vence.


8 de jul. de 2014

UFC 175 - A Batalha entre Weidman e Machida

No último sábado o Mandalay Bay foi palco de uma grande batalha, Lyoto Machida e Chirs Weidman  lutaram pelo cinturão dos pesos médios do UFC, Weidman defendeu seu título pela segunda vez em uma batalha épica, que começou morna mas tomou contornos dramáticos no final.

Weidman tomou a iniciativa e durante maior parte do combate andou para frente tentando encurralar Lyoto contra a grade, o Karateca pro sua vez usou bem seu deslocamento mas falhou ao contra atacar deixando o campeão bastante confortável nos dois primeiros rounds. O que dificultou muito no placar, uma vez que Machida teria que vencer 3 rounds para ser campeão.

O terceiro round foi claramente em favor do americano, apesar de levar alguns golpes duros e acusar, ambos Lyoto e Weidman abriram a caixa de ferramentas, Weidman investia no seu potente single lag e golpes de curta distancia, Machida com chutes e socos combinados.

Os dois últimos rounds foram eletrizantes, Weidman usava bem seus socos e Machida respondia com firmeza, Wreidman conseguiu quedas e passagem de guarda, mostrando um Jiu Jitsu afiado, Lyoto se virou bem no chão, e defendeu as investidas, muitas vezes defendia a queda e golpeava o campeão.

Lyoto foi superior na parte final e quase nocauteou Weidman em duas oportunidades, uma no fim do quinto round.

O campeão mostrou queixo e mãos pesadas balançando o brasileiro. Um grande combate no Mandalay Bay, Weidman saiu vencedor com justiça, mas Lyoto mostrou que pode vencê-lo.

Na minha contagem Weidman venceu os rounds 1,2 e 3
Machida venceu os rounds 4 e 5

Placar: 48 x 47 Weidman











*Vale lembrar que a luta entre Stevan Struve e Matt Mitrione foi cancelada porque Struve passou mal antes do combate

Resultado dos palpites UFC 175: 4 Acertos(Russel Doane, Uriah Hall, Ronda Rousey e Chris Weidman) e 0 Erros
Placar Geral 55 acertos 29 Erros = 65,4% de Acerto


2 de jul. de 2014

Palpites UFC 175 - Weidman x Machida






O clima é de Copa do Mundo de Futebol, porém o MMA não para e pega carona nesse mês carregado de fortes emoções, saindo dos gramados e entrando no octógono, Chris Weidman vai defender seu cinturão mais um vez, após destronar Anderson Silva e vencê-lo numa revanche, o americano tem pela frente Lyoto Machida (ex campeão dos meio pesados), que busca o título dos médios. O combate  promete ser bem interessante!

Vamos aos palpites do card principal!



Marcus Brimage (6-2) vs. Russell Doane (13-3)

Dois lutadores que conheço pouco e não deveriam estar no card principal. Palpite: Russell Doane vence.

Uriah Hall (8-4) vs. Thiago Marreta (9-2)

Uriah Hall ainda não mostrou no UFC o que mostrou no TUF, vem de vitória mas não convenceu, Thiago é um lutador esforçado mas com muitas deficiências técnicas. A luta tende a transcorrer em pé. Palpite: Uriah Hall vence.

Stefan Struve (25-6) vs. Matt Mitrione (7-3)

Stefan Struve retorna após um hiato e possível aposentadoria após derrota para Mark Hunt, com um cartel consistente busca retomar a carreira de forma vitoriosa, Matt Mitrione é um lutador forte mas limitado, luta entre pesos pesados é sempre um desafio para palpites. Palpite: Struve vence.


Ronda Rousey (9-0) vs. Alexis Davis (16-5)

Ronda Rousey vem defender seu título mais uma vez, Alexis Davis vem de 3 vitórias consecutivas mas enfrenta a melhor lutadora de MMA da atualidade. Palpite: Ronda Rousey vence.

Chris Weidman (11-0) vs. Lyoto Machida (21-4)

Luta complicada de analisar, Weidman é um lutador completo, com muita qualidade no Wrestling e Jiu Jitsu, Machida vai usar seu deslocamento e precisão. Pesa em favor do americano o fator força, Machida tem mais velocidade. Palpite: Chris Weidman vence.