11 de dez. de 2013

Hibria - Silent Revenge



Nota: 8


A satisfação de ouvir uma banda como o Hibria vinda de nosso país é enorme, profissionais e capazes de desenvolver um som com personalidade eles conseguiram uma enorme projeção ao tocarem no Palco Sunset do Rock In Rio 2013 ao lado do Almah, e seguraram o rojão com muita competência.

Entretanto, antes desse grande show, em Junho foi lançado Silent Revenge, álbum que foi muito bem aceito no meio da música pesada. Apresentando uma sonoridade vigorosa e com a experiência adquirida nos últimos anos, o Hibria amadureceu sem perder o pique, ao mesmo tempo que estão presentes algumas bases intrincadas podemos ouvir um Power Metal furioso lembrando em alguns momentos o Rage e um pouco de Primal Fear.

Mesmo com uma proposta bem definida os caras não se amarraram em fórmulas batidas, pelo contrário, com muita personalidade chegaram chutando tudo. Iuri Sanson é um vocalista competente, canta muito bem e tem potência na voz, as guitarras de Abel Camargo e Renato Osório estão afiadas, bem timbradas e vieram carregadas com um arsenal de grandes riffs e solos, falar da cozinha formada pelos excelentes Benhur Lima (baixo) e Eduardo Baldo (bateria) é desafiador, ouça, simples assim, eles destroem tudo.

O grande trunfo do Hibria é que mesmo atuando em dentro do saturadíssimo Power Metal  eles mostram novos caminhos, como a sofisticação de arranjos e na adição de bases bem pesadas. Silent Revenge é um bom referencial de como uma banda profissional deve soar.

Quando os primeiros acordes de Silent Revenge saem dos alto falantes notamos a consistência da banda, um grande trabalho em termos de peso aliado a técnica, Benhur Lima dá um show a parte com seu baixo de 6 cordas. Uma música pesada e cheia de groove.

Sem tempo para respirar Lonely Fight mantém a pegada com sua cadência mid tempo bem sacada, Iuri Sasson se destaca tanto na parte técnica quanto na interpretação, Deadly Vengeance engata uma marcha adiante com mais uma pancada Power Metal,  a melodia no refrão aliada aos riffs que beiram o Thrash Metal levantam o ouvinte, a parte cadenciada foi muito bem colocada, os solos estão matadores.

A intensidade das composições é latente, tanto que Walking To Death mantém a rotação alta, peso no talo, vale destacar que Eduardo Baldo é um rolo compressor na bateria, Silence Will Make You Suffer abre com um riff bem forte, e abaixa a pressão mas amplia a melodia, com um refrão fácil e muito bem montado, um dos destaques do disco, repleta de variações.

Shall I Keep On Burning vem num clima de balada melancólica, bem colocada no track list preenche bem seu papel, os primeiros acordes em The Place That You Belong devolvem mais peso na cabeça do ouvinte, calcada no groove mesclado com tempos insanos nos bumbos, mostram alternância de climas com um instrumental sofisticado

Para finalizar duas grandes músicas, as guitarras alá Iron Maiden no começo The Scream Of An Angel soam bem, assim como a sessão ritmica sofisticada, Benhur Lima e Eduardo Baldo não sabem brincar.  Em The Way It Is ouvimos a maior diversidade sonora de todo o registro, desde a pegada Thrash Metal até um interlúdio Jazzistico, Iuri Samson atinge notas altas com facilidade e potência, mais de 8 minutos de bom gosto.

Silent Revenge tem potencial para alavancar a carreira do Hibria que já desfruta de boa popularidade no Japão e China, além de um crescimento considerável por aqui. Com uma boa discografia e muita qualidade ao vivo os gaúchos tendem a crescer ainda mais. 

Quem gosta de Heavy Metal tem que conhcer!



Silent Revenge





Silence Will Make You Suffer









Silent Revenge (2013) 

1. Silent Revenge
2. Lonely Fight
3. Deadly Vengeance
4. Walking To Death
5. Silence Will Make You Suffer
6. Shall I Keep On Burning
7. The Place That You Belong
8. The Scream Of An Angel
9. The Way It Is

A Banda

Iuri Sansom (Vocais)
Abel Camargo (Guitarra)
Renato Osório (Guitarra)
Benhur Lima (Baixo)
Eduardo Baldo (Bateria) 

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