31 de out. de 2013

Heavy Metal Alternativo : 10 Discos que você deveria conhecer (Parte 1)


O que você sabe sobre o chamado Metal Alternativo? Muitos odeiam, outros tantos adoram, como um bom fã de música pesada acho que vale a pena abrir os ouvidos para conhecer abordagens diferentes do estilo que tanto gostamos.

Tendo isso  em mente, idealizei uma lista comentando alguns discos que recomendo, 10 registros que valem o espaço em sua estante (para quem compra discos).

Vale lembrar que muitos dos álbuns citados são campeões de vendas e tiveram singles amplamente divulgados no mainstream, o que não diminui a qualidade dos trabalhos os quais podem surpreender o ouvinte em uma audição completa.

Livre-se de velhos preconceitos e divirta-se!


#10 Disturbed - Ten Thousands Fists (2005)





O Disturbed surgiu em 2000 com o debut The Sickness, o sucesso estrondoso fez com que a banda de Chicago ficasse mundialmente conhecida pelo seu Metal Alternativo recheado de grooves e toques industriais.

Em 2005 a banda modificou seu som ligeiramente, as influências industrias e alternativas ainda estão presentes, mas a maior presença das guitarras aproximou a sonoridade da banda para um lado mais tradicional, as grandes performances do vocalista David Draiman e do Guitarrista Dan Donegan se destacam.

Ten Thousands Fists é o terceiro registro dos caras, um álbum forte, pesado e moderno, os fortes refrães e os grooves pesados cativam e criam uma dinâmica sonora empolgante.

Destaques: Sons Of Plunder, Ten Thousands Fists, Striken e Just Stop.


Striken


Just Stop (Ao vivo)



#9 Evanescence - Fallen (2003)





Fallen é o debut da banda em uma Major (eles já haviam lançado um álbum independente),  é considerado a estréia da banda liderada por Amy Lee e Ben Moody (que saiu da banda em 2004). Com uma proposta arrojada para a época, o Evanescence mescla guitarras distorcidas, samplers eletrônicos, andamentos progressivos e até backing vocals com influências de Hip Hop  com os vocais líricos, pianos e arranjos clássicos.

Esse caldeirão musical impulsionou Fallen que foi um enorme sucesso, as influências distintas foram bem misturadas e as grandes composições ficaram melhores na voz afinada e potente de Amy Lee. Mesmo tendo seus singles executados à exaustão, Fallen consegue cativar quem gosta de um bom Heavy Metal moderno com toques clássicos. 

Destaques: Going Under, Bring Me To life, Everybody's  Fool e Tourniquet


Everybody's Foll



Going Under




#8 -  Korn - Untouchables (2004)



O Korn não poderia faltar, talvez o nome mais emblemático do New Metal, foi um dos pioneiros da cena. Você pode perguntar, porque Follow The Leader ou Issues não entrou na lista? Simples, Untouchables é musicalmente mais amplo, diversificado e consistente.

Untouchables mostra o Korn ampliando sua musicalidade  livrando-se  de alguns clichês e socando peso! A maior diversidade dos arranjos e samplers refletiu no caminho que a banda seguiu nos anos seguintes, culminando em registros amplamente experimentais nos últimos anos.



Destaques: Here To Stay, Blame, Alone I Break, Wake Up Hate

Alone I Break




Here To Stay



#7 - Tool - 10.000 Days - (2006) 




Uma banda enigmática em sua essência, o Tool explodiu no fim dos anos 90 com um som pesado e progressivo, apostando em um conceito multimidia com shows muito interessantes, a mistura de Heavy Metal, Rock Alternativo e Rock Progressivo é rica e coesa.

Em 10.000 Days eles alcançaram um grau interessante de sonoridades ambient mescladas ao peso e densidade  cavalar das guitarras de Adam Jones e da Bateria fantástica de Dany Carey. O Tool pode soar pretensioso em demasia, mas essa ousadia cativou uma legião de fãs que aguarda um novo álbum até hoje. Ao que parece estão em estúdio gravando o sucessor desse disco. Um dos melhores álbuns da primeira década dos anos 2000

Destaques: Vicarious, Jambi, Rossetta Stoned



Vicarious





Jambi



#6 - Sepultura - Chaos A.D (1993)







O leitor deve achar que estou louco, um disco do Sepultura como marco do Metal Alternativo, ainda mais um clássico do calibre de Chaos A.D? Pois é, o Sepultura já ostentava uma posição de respeito na cena metal mundial após clássicos Thrashs como Beneath The Remains e Arise, mas deram um passo diante com uma sonoridade diferente, ainda pesada e brutal neste clássico.

Os timbres mais abafados, grooves, influências de música brasileira criaram uma mistura alternativa, que chamou a atenção dos fãs no mundo inteiro, sem querer (ou querendo) o Sepultura abriu as portas do Metal Alternativo nesse clássico do Heavy Metal.

Destaques: Refuse/Resist, Territory e Slave New World.

Refuse/ Resist



Territory (Ao vivo)






#5 - System Of A Down - Toxicity (2001)





Uma banda essencialmente vaguardista, talvez a mais original de sua geração, o SOAD, conseguiu reunir Hardcore, Punk Rock, Heavy Metal e toques de música árabe, em uma das combinações sonoras mais avassaladoras do fim dos ano 90.

Toxicity foi um álbum aclamado pela crítica e pelo público, um registro forte, com letras inteligentes de cunho político social marcante, descendentes de armênios, os quatro integrantes do SOAD mandaram bem em seu segundo disco. Pesado, inovador e Inteligente.

Destaques: Prision Song, Deer Dance, Toxicity, Chop Suey! e Aerials.



Toxicity




Chop Suey!






No mês que vem tem mais!



29 de out. de 2013

UFC Fight Night 30 - Machida certeiro!



A estréia de Lyoto Machida na divisão dos médios do UFC foi arrasadora, logo de cara pegou um top 10 bem Rankeado, Mark Munoz, que foi seu companheiro de treino por bom tempo, e ambos nutrem bastante respeito e admiração mutuamente, mas profissionalmente tiveram que se enfrentar, uma vez que Michael Bisping que enfrentaria Munoz se machucou e não conseguiu se recuperar a tempo.

Com estilos distintos e características de lutas bem definidas a vitória ficaria com quem conseguisse impor sua estratégia, e Lyoto é um expert nisso, o ex-campeão meio pesado do UFC é um lutador inteligente e sagaz. Munoz estava claramente acuado ao trocar com o karateca, tanto que queria jogar golpes pesados e tentar o clinch.

Machida controlou bem a distância e com chutes na linha de cintura e socos rápidos foi impondo a distância certa para disparar o golpe final, um chute alto na cabeça que levou Mark Munoz a lona, o brasileiro anotou mais um nocaute em sua carreira.

Lyoto Machida está muito próximo de disputar o cinturão dos pesos médios do UFC



Machida acertando o chute preciso.


Resultado dos palpites: 3 Acertos (John Lineker, Norman Park e Lyoto Machida) 2 Erros (  Nicholas Musoke e Jimi Manuwa) 1 No Contest ( Guillard x Pearson) 
Placar Geral: 83 Acertos e 45 Erros =  65,00 % de Acerto

25 de out. de 2013

Palpites UFC Fight Night 30 - Machida x Munoz




O UFC vai para a Inglaterra, em Manchester, o palco para a estréia de Lyoto Machida na categoria dos médios, logo de cara enfrenta Mark Munoz um top 10 da categoria, combate complicado mas que pode projetar ambos os lutadores rumo a uma luta pelo cinturão.

Como sempre, palpites do card principal,  (hoje só vou postar os palpites sem o breve comentário excepcionalmente pela correria da semana!)



Phil Harris (22-10) vs. John Lineker (22-6) => Palpite: John LIneker (que não bateu o peso) vence.

Alessio Sakara (19-10) vs. Nicholas Musoke (10-2-1) => Palpite: Sakara vence.

Norman Parke (18-2) vs. Jon Tuck (7-0) => Palpite: Norman Parke vence.

Jimi Manuwa (13-0) vs. Ryan Jimmo (18-2) => Ryan Jimmo vence.

Ross Pearson (15-6) vs. Melvin Guillard (31-12-2) =>  Ross Pearson vence.

Lyoto Machida (19-4) vs. Mark Munoz (13-3) => Lyoto Machida vence.



22 de out. de 2013

UFC 166 - A superioridade de Velasquez



No último sábado um dos maiores tira teimas da história do MMA teve fim, Júnior Cigano e Cain Velasquez fizeram a terceira luta para mostrar ao mundo quem é o maior lutador peso pesado atualmente, e mais uma vez a superioridade de Velasquez foi incontestável.

Mesmo se apresentando melhor que na segunda luta entre ambos, na qual saiu derrotado, Cigano errou na estratégia de aceitar jogar na grade e ser massacrado por golpes constantes, em alguns contra golpes levou perigo e chegou a balançar o campeão com cotoveladas e uppers, mas não foi suficiente para evitar a derrota.

Vale ressaltar que Cigano deveria ter circulado o campeão e trabalhado os Jabs, sua velocidade e potência dos golpes, errou feio e pagou caro por insistir na troca de curta distância.

Velasquez absorveu bem os golpes que levou no primeiro round e se defendeu bem das investidas de Cigano que chegou a atacar um triângulo e um estrangulamento no fim da luta, mas dominou amplamente e se consagrou como maior peso pesado do UFC sem sombra de dúvidas.

Fabricio Werdum vai ser o próximo desafiante de Velasquez em uma luta que pode chocar o mundo caso o brasileiro desbanque o favoritismo absurdo do campeão!


Adicionar legenda

Cigano chegou em uma boa posição, se fosse o Werdum......




Podemos destacar ainda a grande luta entre Diego Sanchez e Gilbert Melendez que levantou o ginásio Toyota Center em Houston, luta eletrizante, com um terceiro round arrasador, melhor da noite. Daniel Cormier bateu Roy Nelson e agora trabalha para descer de peso para tomar o cinturão de Jon Jones nos meio pesados.

Ambos furiosos!



Mais um card com 100% de acerto!

Resultado dos palpites: 5 Acertos (John Dodson, Gabriel Napão, Gilbert Melendez, Daniel Cormier e Cain Velasquez) 0 Erros 
Placar Geral: 80 Acertos e 43 Erros =  65,00 % de Acerto

17 de out. de 2013

Palpites UFC 166 - Velasquez x Dos Santos 3




Um dos cards mais aguardados de 2013, Cain Velasquez e Júnior Dos Santos entram em rota de colisão mais uma vez, o terceiro e decisivo embate acontece em Houston no Texas dia 19 de Outubro, e promete pegar fogo. Ambos tem algo a provar,  Cigano quer mostrar que não foi um golpe de sorte e Velasquez vai testar seu queixo contra o maior boxeador dos pesos pesados do evento.


Vamos aos palpites do Card principal do Evento


John Dodson (15-6) vs. Darrell Montague (13-2)

John Dodson é uma das maiores ameaças ao reinado de Demetrious Johnson mesmo sendo derrotado na luta pelo título recentemente, Montague tem um bom cartel mas vai ter que lutar muito para superar Dodson. Palpite: John Dodson vence

Gabriel Gonzaga (15-7) vs. Shawn Jordan (15-4)

Gabriel Napão é uma das maiores incógnitas do UFC, e desta vez  pega um adversário perigoso mas menos rodado que ele. Jordan é um lutador brigador que pode complicar na trocação. Napão tem que levar a luta para o chão para vencer bem. Palpite: Napão vence.

Gilbert Melendez (21-3) vs. Diego Sanchez (24-5)

Melendez é amplo favorito, apesar de Sanchez ser competitivo não o vejo vencendo, Melendez é mais consistente e pode controlar a luta e conduzir a vitória. Palpite: Melendez vence.

Daniel Cormier (12-0) vs. Roy Nelson (19-8)

Um grande combate! Cormier vem com fama de já ter vencido Pezão, Barnnet e Mir, Nelson tem um queixo duro e uma mão direita devastadora, um grande combate, Cormier é um wrestler de ponta que bate pesado, Roy Nelson tem um chão apurado. Dois grandes lutadores. Palpite: Cormier vence.

Cain Velasquez (12-1) vs. Junior dos Santos (16-2)

Difícil opinar em um combate desse porte, Velasquez é perigoso, tem um bom jogo em pé e um wrestling perfeito, Cigano terá que ser agressivo e golpear primeiro para vencer, pelo fato de ter mãos pesadas e rápidas pode pegar Velasquez com socos e até chutes altos nas entradas de quedas. Mas o atual campeão é favorito. Luta complicada de opinar, imprevisível. Palpite: Velasquez vence.


14 de out. de 2013

UFC Fight Night 29 - Shields triunfa!

Atrasei o post dos resultados do UFC desta vez, graças aos meus afazeres e ao show do Black Sabbath ficou faltando comentar o UFC Fight Night 29 que aconteceu quarta feira passada em Barueri.

Essa edição tinha tudo para jogar dois brasileiros para cima no top 10 da divisão mas acabou tomando um rumo diferente.


Erick Silva tomou um nocaute devastador de Dong Hyun Kim, após perder o primeiro round o brasileiro partiu para cima, e quando estava quase nocauteando levou um direto no contra golpe que encerrou o combate. Erick Silva precisa amadurecer muito se quiser crescer na divisão.

Causa...

... efeito!



Demian Maia e Jake Shields fizeram uma luta previsível, mais focada no grappling, na troca de golpes Demian foi melhor, na luta agarrada Shields se mostrou superior, dominando Demian Maia, caindo por cima, escapando da pegada nas costas e passando a guarda. Shields foi mais consistente, apesar de ser abalado por golpes no terceiro round. Venceu na decisão dividida dos juízes.

Resultado justo, o americano conseguiu uma boa vitória e pode voltar a sonhar com algo na divisão.  Demian deu alguns passos para trás.

Shields dominou no chão

Mas foi pouco efetivo em pé




Resultado dos palpites: 2 Acertos (Thiago Silva e Fabio Maldonado) 4 Erros (Rafael Assunção, Rousimar Palhares, Dong Hyumg Kim e Jake Shields)

Placar Geral: 75 Acertos e 43 Erros =  63,00 % de Acerto


8 de out. de 2013

Palpites UFC Fight Night 29 - Maia x Shields



Mantendo o ritmo de expansão em terras brasileiras o UFC vem para Barueri no Estado de São Paulo para mais um evento com bons nomes que prometem combates emocionantes, com foco nos meio médios Erick Silva e  Dong Hyung Kim querem crescer no ranking da categoria, Demian Maia encara Jake Shields vislumbrando uma entrada no top 3 da divisão.

Como sempre vamos aos palpites do card principal do evento que ocorre na quarta-feira, 09 de Outubro.

Raphael Assunção (20-4) vs. TJ Dillashaw (8-1)

Dillashaw é um dos grandes nomes da nova safra de lutadores, lutando nos Galos é um ameaça para Raphael Assunção, combate muito difícil de prever, lutadores equivalentes, talvez por lutar em casa o brasileiro tenha vantagem psicológica. Palpite: Dillashaw vence.

Rousimar Palhares (14-5) vs. Mike Pierce (17-5)

Toquinho é um lutador irregular e busca nos meio médios uma nova carreira no UFC, lutador com boas chaves de pé e muita força física, mas com um jogo mental fraco. Pierce é previsível e burocrático, mas é um lutador mais sólido. Apostar no Toquinho é complicado, sempre decepciona quando pega lutadores mais estratégicos. Palpite: Mike Pierce vence.

Fabio Maldonado (19-6) vs. Joey Beltran (14-8, 1 NC)

Dois lutadores ruins, brigadores de bar que sempre levantam a galera, sinceramente, uma grande loteria, mas o queixo e o background de boxe de Maldonado pode ajudar, Beltran vai tentar levar a luta para baixo, vamos ver como a saída do Team Nogueira afetou os treinos, já deficitários, de Maldonado. Palpite: Maldonado vence.

Thiago Silva (15-3, 2 NC) vs. Matt Hamill (10-4)

Matt Hamill não deveria ter deixado a aposentadoria, lutador esforçado, raçudo, mas totalmente unidimensional, se Thiago Silva explorar seu Muay Thai e não deixar ser derrubado pode conduzir a vitória, um bom combate. Pelo momento Thiago Silva pode conseguir uma boa vitória. Palpite: Thiago Silva vence

Erick Silva (15-3, 1 NC) vs. Dong Hyun Kim (17-2-1, 1 NC)

Uma luta imprevisível, dois bons lutadores dos meio médios disputando melhores posições no ranking até uma possível title shot daqui 2 ou 3 vitórias consecutivas, Erick é bem agressivo e pode terminar a luta rapidamente Hyun KIm provavelmente tentará alongar o combate e dominar as ações na luta agarrada. Luta complicadíssima para ambos. Palpite: Erick Silva vence

Demian Maia (18-4) vs. Jake Shields (28-6-1, 1 NC)

Não há muito o que dizer nessa luta dois excelentes grapplers, Shields tem um Jiu Jitsu afiado e um Wrestling competente, Demian Maia tem um Jiu Jitsu extraordinário e é bem versado em quedas. Na trocação, o brasileiro é melhor, mas ambos não são grandes strikers. Palpite: Demian Maia vence.



2 de out. de 2013

Alter Bridge - Fortress




Nota: 9,00

Falar da qualidade dos músicos do Alter Bridge é confirmar o obvio, são talentosos, tecnicamente impecáveis e possuem um entendimento que poucas bandas desfrutam atualmente, Mark Tremonti (guitarra), Scott Phillips (bateria)  e Brian Marshall (baixo) tocam juntos desde o meio dos anos 90, Myles Kennedy (guitarra e vocal) está com os caras desde o fim de 2003, ou seja, o quarteto se conhece muito bem.

O grande motor criativo do Alter Bridge é a capacidade de Tremonti e Kennedy em escrever grandes melodias, mesclando estilos e trabalhando emoções distintas, seja com músicas mais pesadas, hard rocks mid tempo e grandes baladas, tudo amparado por uma sessão rítmica que é um relógio, Phillips e Marshall são músicos excepcionais que ficavam escondidos nos tempos de Creed.

Fortress é uma ponte para o futuro da banda, deixando  aquela sonoridade post grunge que aparecia esporadicamente diluída em alguns poucos refrães. Se em ABIII o clima era sombrio e melancólico em Fortress temos energia, velocidade e peso na linha de frente, talvez o disco solo All I Was de Tremonti e a parceria entre Myles Kennedy e Slash em Apocalyptic Love tenha trazido novos ares ao universo da banda.

A maior evolução que podemos ouvir  é em termos de arranjos, uma complexidade bem dosada com grande participação de guitarras e violões além de avanços nos vocais, que sempre foi um ponto muito forte graças ao potencial de Myles Kennedy, em duas faixas Kennedy e Tremonti dividem os microfones, ponto  positivo pela iniciativa.

Cry Of Achilles é um excelente cartão de visitas e elucida bem a evolução alcançada aqui,  o excelente arranjo  acústico feito por Myles abre espaço para as palhetadas e power chords de Tremonti, o melhor trabalho de guitarras que ouvi em um registro deles, uma música forte, ótima abertura que pode se tornar um clássico da banda.

Eles pisam no acelerador no single Addicted To Pain que sobe o giro e despeja grandes guitarras, o apelo Heavy Metal da batida de Scott Phillips é contagiante, ótima música de trabalho. Aposto que nem o mais fervoroso fã do Alter Bridge esperava ouvir Bleed It Dry num disco deles, uma tonelada em termos de peso logo no riff inicial, que culmina num interlúdio sensacional graças aos grandes solos de Tremonti, um dos pontos altos de Fortress.

Lover acalma os ânimos numa balada típica, que tem no bom alcance de Myles Kennedy um grande atrativo,  The Uninvited resgata o trabalho feito em AB III numa base mais progressiva, lembrando algo do Tool em seus arranjos, é muito bom ouvir o Alter Bridge abrindo o leque e incorporando coisas novas ao som.

Em Peace Is Broken as coisas pareciam caminhar para o lugar comum, até o dueto entre as vozes de  Myles Kennedy e Mark Tremonti surgir e tirar a música da zona de conforto, o peso do inicio do álbum já abre espaco para os tons progressivos de Calm The Fire que  flerta diretamente com o som dos ingleses do Muse. Se o registro apresentou uma queda de rendimento nesse instante, Water Rising reverte o fluxo e leva Fortress aos grandes momentos, arranjos excelentes, duetos dos vocais e uma intensidade sônica que combina com a letra.

Farther Than The Sun tem uma aura setentista interessante e uma levada de baixo de Brian Marshall que remete ao Black Sabbath, em Cry A River eles pisam no acelerador, mais um grende trabalho de Phillips que trabalha diverso compassos distintos na música. A balada All Ends Well é bem focada nos vocais de Myles, mas passa batido.

Fortress é o tema épico da vez, com mais de 7 minutos faz com que os fãs lembrarem-se do excelente Blackbird, a música cresce e ganha contornos grandiosos e efeitos interessantes nas guitarras, e uma pegada que nos traz mais uma vez o Black Sabbath em mente, o grande solo de Tremonti é bem encaixado, como em todas as músicas diga-se de passagem. A melhor faixa do álbum.

Em linhas gerais Fortress  tem uma sonoridade ampla e uma linguagem interessante, a mistura entre Hard Rock e Heavy Metal foi preparada de forma especial demonstrando personalidade. Ao decidirem  investir em timbres diferentes e incorporar nuances sonoras arrojadas aliadas ao peso, atingiram um ótimo resultado . Vale a compra!


Addicted To Pain


Fortress (2013)

01. Cry Of Achilles
02. Addicted To Pain
03. Bleed It Dry
04. Lover
05. The Uninvited
06. Peace Is Broken
07. Calm The Fire
08. Waters Rising
09. Farther Than The Sun
10. Cry A River
11. All Ends Well
12. Fortress

Todas as músicas compostas pelo Alter Bridge

A Banda

Myles Kennedy (Vocal e Guitarra)
Mark Tremonti (Vocal e Guitarra)
Scott Phillips (Bateria)
Brian Marshall (Baixo)