23 de nov. de 2012

Anderson Silva x St Pierre - Faz Sentido?



Antes de começar a falar sobre a polêmica que envolve um possível confronto entre Anderson Silva e George St Pierre, gostaria de desculpar nossos leitores sobre a ausência de Palpites e o resultado dos mesmos para o UFC 154, devido ao feriado me ausentei na quarta feira e só voltei no sábado dia do evento, mas voltaremos normalmente já nos próximos eventos.

Pois bem, após a emblemática vitória de St Pierre sobre Carlos Condit, vimos os boatos sobre uma possível luta em peso combinado entre o Canadense e Anderson Silva ganharem força, estes já eram ventilados no mundo do MMA faz algum tempo. A pergunta é: Essa luta faz algum sentido?

Os dois são os campeões com maior número de defesas de cinturão dentro do evento, e são tidos como melhores lutadores pound for pound (peso a peso) do MMA, astros em seus países, vivem seus respectivos auges, seja em popularidade ou em técnica, olhando por esse prisma, a luta tem tudo para acontecer, porém (sim vários poréns) existem os dois lados da moeda...

Porque não faz sentido?

Anderson Silva mede 1,88m pesa cerca de 96 Kg off season (fora do período de competição) e faz algum tempo que já encontra certa dificuldade e desgaste para bater os 84 kgs da categoria dos médios. St Pierre por sua vez mede 1,77m pesa cerca de 85 Kg off season, e é quase certeza que só aceitaria lutar em um peso combinado de 80 Kg. A diferença de tamanho e força é absurda e pode ferir um dos preceitos que faz do MMA um sucesso, lutas competitivas, com categorias bem definidas e campeões conhecidos até pelo público leigo.

Não vejo qualquer chance de um combate equilibrado devido as latentes diferenças entre os dois atletas,  e no nível que o esporte se encontra hoje, essa discrepância se acentua, anos atrás uma diferença dessa natureza era comum nos tempos do vale tudo.

Uma derrota fora de disputas dos cinturões também poderia custar caro para a imagem dos atletas, que são tidos como imbatíveis dentro de suas categorias, além do que o UFC promovendo algo desse gênero, desvaloriza as duasdivisões, médios e meio médios, e mostra ao público, principalmente o leigo, que a coisa anda fácil demais para ambos ao ponto  que decidiram se enfrentar para ter desafios, o que é parcialmente verdade, principalmente no caso de Anderson Silva.

Uma Máquina de fazer dinheiro

O UFC é um show bussiness e como tal questões comerciais importam, e muito, o que pode levar Dana White e sua turma a promover esse crossover entre categorias para alavancar a audiência do evento,  mesmo que isso cause danos ao espirito esportivo, rankings e qualquer critério técnico que faria sentido na hora de casar uma luta, imaginem a felicidade Chirs Weidman e Johnny Hendrics ao ver suas sonhadas lutas por títulos serem adiada por questões meramente comerciais.

Entretanto uma luta entre os dois bateria recordes de audiência, vendas de pay per view e ingressos, financeiramente é um grande negócio.

O que deveria ser feito...

Sinceramente? Nada, deveriam manter seus campeões defendendo seus cinturões até que se aposentem ou mudem definitivamente de categoria, fora isso o esporte, que é maior do que qualquer evento, ganha em seriedade, no fim das contas o espírito esportivo ainda é o que faz as pessoas assistirem qualquer tipo de competição, mas a possibilidade de vermos esse duelo é muito grande, e caso aconteça, a pressão para um confronto entre Jon Jones e Anderson Silva ( se vencesse) seria absurda, e todo esse ciclo irá recomeçar.
Por favor Dana White, mantenha as coisas como estão!

20 de nov. de 2012

Unisonic - Um grande recomeço!


Unisonic - Lançado em 2012


Faz uns bons anos que Michael Kiske voltou a cena Hard Rock/Heavy Metal, porém sempre com projetos e participações especiais, tais quais Place Vendome, Avantasia, Kiske & Somerville, todos com um caráter temporário, porém entre 2010 e 2011 as coisas mudaram para esse grande vocalista.

Ao se juntar com o baixista e produtor Denis Ward montou a banda Unisonic, que em 2011 recebeu um ilustre membro, Kai Hansen, como guitarrista e back vocals,  reativando a parceria que alavancou a fase de ouro do Helloween nos anos 80.

Unisonic, o debut da banda de mesmo nome, transita livremente entre o Hard Rock/AOR e o Heavy Metal que consagrou Kiske e Hansen, não esperem aqui vocais super agudos, bumbos duplos e solos de teclados , a banda tem uma essência musical ampla que vai além do Power Metal, e isso é de grande valia no cenário atual.

O grupo é competente, tem um bom time de compositores e claro, um vocalista soberbo, Kiske canta muito e sabe como transmitir suas emoções nas músicas, as guitarras de Kai Hansen e Mandy Meyer funcionam muito bem, pode-se ouvir camadas sonoras que formam arranjos convincentes e alguns duetos bem colocados, a cozinha que consagrou o Pink Cream 69 com Denis Ward e Kosta Zafiriou (também do Place Vendome)  é sólida e dita o ritmo com muita habilidade e desenvoltura.

A faixa título, Unisonic é um tema bem Heavy Metal tradicional, impossível não se empolgar com o refrão e a levada do baixo de Ward e a bateria de Zafiriou. Sem tempo para respirar Souls Alive (composta por Meyer e Ward) mantém o álbum em alta, com uma excelente melodia, Kiske, consegue explorar muito bem seu timbre e alcance vocal, talvez seja momentos como esse que os fãs do agora careca, esperavam todos esses anos, uma grande canção, talvez o melhor momento do álbum.

O bom trabalho nos arranjos das guitarras de Hansen e Meyer é uma constante no debut, o bom gosto dos solos sobrepõe as escalas e notas rápidas, como em I've Tried. A cadenciada Renegade, tem um refrão cantado em coro e mais guitarras com muita classe, em My Sanctuary, ouvimos uma linha vocal que lembra bastante o trabalho de Kiske em Pink Bubbles Go Ape no Helloween,  outro grande momento do Unisonic.

Entretanto nem tudo é perfeito, falta ainda um pouco de regularidade, e algumas canções não foram  bem exploradas, como Star Rider, que apesar de boa, falta-lhe dinâmica e torna-se monótona, King for a Day lembra as partes mais cadenciadas dos trabalhos atuais do Gamma Ray, e pouco acrescenta para o resultado final. No One Ever Sees Me segue bem o trabalho solo de Michael Kiske, uma balada, acústica, com toques orquestrais, características que particularmente gosto bastante, mas pode desagradar alguns ouvintes.

O balanço geral é muito positivo, e como é bom ouvir Michael Kiske cantar! Kai Hansen mantém um clima bom dentro da banda  tem muita experiência e versatilidade, Ward é um líder nato, e sabe muito de produção, engenharia de som além de ser um ótimo baixista e compositor. Toda essa atmosfera faz os fãs esperarem por trabalhos ainda mais consistentes desse grupo que tem muita história dentro da cena da música pesada.

Para conferir:  Unisonic




Track List

01. Unisonic 
02. Souls Alive
03. Never Too Late
04. I’ve Tried
05. Star Rider
06. Never Change Me
07. Renegade
08. My Sanctuary
09. King For A Day
10. We Rise
11. No One Ever Sees Me




A banda é formada por:

Michael Kiske (Vocais)
Denis Ward (Baixo)
Kai Hansen (Guitarra)
Mandy Meyer (Guitarra)
Kosta Zafiriou  (Bateria)



13 de nov. de 2012

UFC ON FUEL TV 6 - Le Surpreende!


O UFC estreou em Macau, com um card recheado de atletas orientais, o saldo foi positivo, apesar de muitas lutas decididas nas mãos do juízes, o final foi surpreendente.


Gomi retomando sua carreira?

Gomi golpeando Danzig

Takanori Gomi foi a maior estrela dos pesos leves do Pride, mas no UFC não conseguiu emplcar uma boa seqüência de vitórias. A  Luta contra Marc Danzig foi equilibrada, e dura, mas a experiência e seus potentes golpes contaram ao seu favor. Danzig demorou a se soltar e conseguiu bons momentos na luta, mas sem ameaçar Gomi, que controlou o combate, soltou os melhores golpes convencendo os juízes que lhe deram a vitória por decisão dividida.

Paulo Thiago leva um passeio....

Paulo Thiago não foi bem em sua luta pela recuperação dentro do UFC, dominado completamente por Dom Kim Hyun, mal conseguiu impor seu jogo. O Coreano dominou a luta agarrada, transições e luta de solo, o brasileiro assistiu a luta de forma passiva e perdeu de forma incontestável, ficando em posição complicada dentro do evento, uma rescisão de contrato pode ser iminente.

Thiago Silva vence, de virada!

Thiago Silva finalizando Nedkov

Stanislav Nedkov vinha invicto e quase manteve sua seqüência de vitórias golpeando o brasileiro com potência, Thiago chegou a tomar um knockdown e quase foi nocauteado, mas segurou o ímpeto do búlgaro. Com bons golpes, Thiago Silva conseguiu minar a resistência de Nedkov, mesmo levando desvantagem nos dois primeiros rounds. Entretanto, no terceiro round o gás do búlgaro foi embora e Thiago Silva acertou bons golpes, derrubou, montou e finalizou em uma katagatame. Boa vitória que dá um novo ânimo à sua carreira dentro do UFC.

Le surpreende!

Bang! Le acabou com a luta!
Rich Franklin era franco favorito para a vitória, mesmo sabendo que Cung Le é um striker altamente técnico, muitos (inclusive esse que vos fala) achava que o maior volume de luta de Franklin ia fazer a diferença. 
Contudo após estudos e alguma troca de golpes, Franklin acerta um low kick em Le, que prontamente se defende, e pega o ex campeão dos pesos médios do UFC com a guarda baixa, com um contra golpe certeiro, acerta um cruzado no queixo de Rich Franklin, que cai apagado. Cung Le se consagra no oriente, e anota sua segunda vitória consecutiva no UFC!




Placar dos Palpites: 2 erros (Cung Le e Kim Hyun) 2 Acertos (Gomi e Thiago Silva)
Placar Geral: 52 Acertos e 24 Erros = 68,4% de Acerto


8 de nov. de 2012

Palpites UFC ON FUEL TV 6 - Franklin x Le




O UFC continua sua expansão global, após eventos no Canadá, Reino Unido, Alemanha, Japão, Brasil e Austrália, a organização americana chega em Macau na China, e continua sua missão de levar o maior evento de MMA do mundo a todos os continentes.

Sendo assim mais uma rodada de palpites das principais lutas do evento UFC ON FUEL TV 6

Mac Danzig (21-9-1) x Takanori Gomi (33-8-0)

Sem dúvida se a luta fosse há 5-6 anos atrás Gomi seria o amplo favorito, entretanto o tempo passou e um dos maiores astros do MMA japonês, e um dos maiores nomes de todos os tempo não vive seu melhor momento, Danzig possuí uma carreira irregular no UFC, mas pode complicar as coisas caso consiga impor seu jogo. Palpite: Gomi vence por nocaute.


Dong Kim Hyum (15-2-1) x Paulo Thiago (14-4-0)

Luta do pelotão intermediário dos meio médios, Hyum é um oponente complicado, tem um bom jogo de quedas e é bem versado em finalizações, entretanto Paulo Thiago é mais completo e já enfrentou lutadores mais duros dentro do UFC. Luta complicada. Palpite: paulo Thiago Vence.

Stanislav Nedkov (12-0-0) x Thiago Silva (14-3-1)

Thiago Silva já esteve melhor dentro do UFC, Lesões, Doping e Derrotas abalaram a carreira de uma das promessas da divisão dos meio pesados, Nedkov estreou no UFC Rio I e nocauteou Luiz Cane, após estar quase nocauteado, um grande desafio para o brasileiro, mas se usar o Jiu Jitsu pode vencer facilmente. O búlgaro tem mãos muito pesadas, e pode surpreender. Palpite: Thiago Silva vence.

Rich Franklin (29-6-0)  x Cung Le (8-2-0)

Rich Franklin é um dos maiores nomes do MMA mundial, já foi detentor do cinturão dos pesos médios do UFC, e mesmo no final da carreira é um dos tops da categoria, Cung Le já foi campeão peso médio do Strikeforce, e vem de uma vitória e uma derrota no UFC. Apesar da boa trocação e excelentes chutes, Le, tem muitos buracos em seu jogo, e Franklin é um lutador completo, competidor de ponta. Boa Luta. Palpite: Franklin vence.